Jean Paul Gaultier defende John Galliano de acusações de antissemita

Jean Paul Gaultier defende John Galliano de acusações de antissemita

Estilista argumenta que "trabalho" do colega mostra o contrário das declarações que fez alcoolizado

AFP

Jean Paul Gaultier defende John Galliano de acusações de antissemita

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O estilista francês Jean Paul Gaultier saiu neste sábado em defesa do colega John Galliano, despedido nesta semana pela Dior por declarações antissemitas, que lançou quando estava alcoolizado. Gaultier afirmou que o britânico demonstrou em seu trabalho que "não é racista, muito pelo contrário".

"É muito triste" o que aconteceu com Galliano, "porque tem um talento enorme", relatou o estilista, após apresentar sua coleção para o próximo outono-inverno, uma das mais esperadas da Semana de Moda de Paris. "Tudo o que (Galliano) fez na moda não demonstra que seja racista", disse Gaultier, referindo-se às diversas coleções do estilista britânico inspiradas nos quatro cantos do planeta.

Referindo-se ao vídeo em que viu Galliano, bêbado, afirmando que "amava Hitler", Gaultier estimou que é possível usar técnicas para fazer as pessoas dizerem coisas que não disseram. Galliano foi gravado com um telefone celular enquanto se encontrava sob o efeito de álcool em um bar de Paris por uma pessoa que depois vendeu o vídeo ao tablóide britânico The Sun por uma soma não revelada.

Galliano "disse algumas palavras, mas (não se sabe) em que contexto as disse", ressaltou Gaultier, enfatizando sua admiração por seu colega britânico de 50 anos, agora convertido em um pária do mundo da moda. "É como uma autodestruição", porque "causou danos sobretudo a si mesmo", analisou Gaultier.

Segundo fontes da imprensa, Galliano já partiu de Paris, após a tempestade provocada por seus comentários, e estaria fazendo um tratamento de desintoxicação.


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