John Mayer e Bruce Springsteen foram estreias internacionais do Rock in Rio
Skank levantou a bandeira política e o público o grande show brasileiro da noite
publicidade
"Ele é maravilhoso, tudo vale a pena para vê-lo mais de perto", disse a estudante Ana Beatriz Carvalho, 24 anos.
Principal atração do palco Mundo, Bruce Springsteen quebrou um hiato de 25 anos de shows no Brasil. o cantor de "Born in the USA" e ganhador de 20 prêmios Grammy Trouxe fãs ao Rock in Rio. "O cara manda muito bem no palco, suas músicas são marcantes", conta o economista Rogério Braga, 50 anos.
A exemplo de Bon Jovi, ainda que menos romântico, Springsteen também interagiu com plateia e seus cartazes, arriscando músicas e frases em português. Seu show iniciou entoando "Viva, viva. Viva a sociedade alternativa", para levantar em coro a galera da Cidade do Rock. Embalado, o americano ainda se jogou de cima do palco e foi carregado pela plateia numa apoteose da noite.
Apesar do grande apelo das estrelas internacionais, os mineiros do Skank conseguiram tirar o público do chão. Ao tocarem uma sequência de sucessos, empolgaram a abertura do palco Mundo. O show do Skank também foi marcado por mensagens políticas. Hino da onda de manifestações vividas no país em junho e julho, "Vem pra rua vem!" abriu a música "Partida de futebol".
Samuel Rosa, vocalista da banda, levantou a bandeira da legalização da maconha durante a música "É proibido fumar", clássico de Roberto e Erasmo Carlos. "Maconha é proibido, mas fazer mensalão de novo pode", disse Rosa, em referência à decisão, na última quarta-feira, do Supremo Tribunal Federal de aceitar os recursos dos condenados pelo escândalo. No palco Sunset o tom político também se fez presente na reunião do sambista da Mangueira Ivo Meirelles com as cantoras Elba Ramalho e Fernanda Abreu.