Jornalista revela ter sido assediada sexualmente por Michael Douglas

Jornalista revela ter sido assediada sexualmente por Michael Douglas

Susan Braudy disse que ator constantemente a constrangia e até mesmo se masturbou na frente dela

Correio do Povo

Ela trabalhou no estúdio do ator durante os anos 1980

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A jornalista Susan Braudy revelou nesta sexta-feira que Michael Douglas a assediou sexualmente quando ela trabalhava no escritório de Nova Iorque da Stonebridge Productions, empresa lançada pelo ator. Profissional nomeada ao Pulitzer, a repórter entregou uma série de documentos ao Hollywood Reporter nos quais afirma que o astro de filmes como "Atração Fatal" e "Um Dia de Fúria" persistentemente fazia comentários inapropriados e até mesmo se masturbou na frente dela. "Eu sabia que algo estava errado, mas não tinha um nome para ele", escreveu a mulher de 76 anos.

Lembrando as típicas reuniões de revisão de roteiro no apartamento de Douglas, Susan disse que o ex-chefe "geralmente estava com os pés descalços, sua camisa oxford azul desabotoada até o umbigo". No entanto, durante uma reunião em 1989, quando eles estavam fazendo um brainstorming sobre uma ideia para a criação de um personagem semelhante ao ET, ele abriu as calças deixando o pênis à mostra. "Michael desabotoou suas calças chino e eu percebi algo estranho. Ainda felicitando minhas adições à nossa imitação do ET, sua voz baixou pelo menos meia oitava. Eu olhei para ele e vi que ele tinha inserido as duas mãos em suas calças desabotoadas. Eu percebi, para o meu horror, que ele estava mexendo em suas partes privadas. Em segundos, sua voz quebrou e pareceu que ele teve um orgasmo". Ela então fechou seu caderno de anotações e se dirigiu para a porta.

"Eu não disse nada. Fiquei surpresa por não estar caindo em pedaços, apesar de ter sido humilhada. Percebi que ele achava que poderia fazer o que quisesse, porque ele era muito mais poderoso do que eu. Michael correu atrás de mim, enquando fechadas as calças e colocava o cinto. Ele disse 'Ei, obrigado, você está bem. Você me ajudou, obrigado, obrigado'". Braudy contou que seu relacionamento com o ator entrou em colapso nos meses seguintes, até que deixou a empresa no final do mesmo ano, sem que ela assinasse um acordo de confidencialidade antes. "'Não assine. Continue dizendo que seu advogado está fora da cidade'", disse meu advogado Leon Friedman. Então, Michael esperou seis meses para que ele voltasse", relatou.

Antes mesmo do caso ser revelado por Susan, Douglas já havia emitido uma declaração preventiva em que descrevia a possível história como "uma fabricação infeliz e completa". "Ela é uma veterana da indústria, uma executiva sênior, uma romancista publicada e um membro estabelecido do movimento das mulheres - alguém com uma voz forte agora, bem como quando trabalhou na minha empresa há mais de três décadas. Em nenhum momento, ela expressou ou mostrou o menor sentimento de desconforto trabalhando em nosso ambiente ou comigo pessoalmente. Isso ocorre porque em nenhum momento, e em nenhuma circunstância, eu me comportai de maneira inadequada em relação a ela".

O ator, que é casado com a atriz Catherine Zeta-Jones, acrescentou que "linguagem grosseira ou conversas privadas ouvidas com meus amigos que podem ter perturbado ela estão muito longe do assédio". "Sugerir isso é um verdadeiro desserviço para aqueles que realmente sofreram assédio sexual e intimidação", finalizou.

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