Jully lança disco que pensa os problemas do planeta

Jully lança disco que pensa os problemas do planeta

Álbum "SOS" chegou nesta sexta às plataformas em sua versão com nove singles lançados desde 2020, mais sete novas faixas que tratam do ativismo ambiental

Arte & Agenda

Jully lançou nesta sexta o álbum "SOS" cuja mensagem trata do ativismo ambiental pelo planeta Terra

publicidade

Depois de chamar a atenção para os problemas do planeta com nove canções lançadas entre o final de 2020 e 2023, a cantora e compositora Jully apresenta o álbum “SOS” em sua versão final: além dos singles, sete novas faixas trazem temas que só uma ativista como ela conseguiria colocar em pauta no mercado da música. A própria faixa-título já começa dando um recado e, com a parceria da cantora franco-brasileira Virginie Boutaud (mais conhecida pelo início da carreira junto à banda oitentista Metrô), deixa claro em duas línguas que é preciso cuidar do mundo todo: “O planeta pede paz”, recita Jully já na introdução.

 

“O álbum ‘SOS’ é um pedido de socorro do planeta e dos outros animais que aqui habitam, os quais estão sendo dizimados por nós, seres humanos. Está na hora de entendermos que somos todos animais moradores deste planeta, e todos merecemos ter nossos direitos básicos respeitados, independente da espécie ou qualquer outra classificação que nos defina. Fazemos parte da Terra, e precisamos entender que, sem a natureza, não somos nada”, afirma Jully, recém-premiada na categoria Música Eletrônica do Prêmio Profissionais da Música 2023, realizado nos dias 2 e 3 de junho. A cantora e compositora já trouxe a questão dos animais à tona em “Somos Todos Um”, cantou a morte e a apatia vivenciada no Brasil da pandemia em “Distopia”, convidou o ouvinte para uma mudança individual em “Tears of Fireflies” e chamou a atenção para a covardia de humanos com os animais em “Milk” e em “Stolen Babies”. “Humanizar” deu um feedback sobre o impacto do que tem sido feito com o planeta e “The Begining” falou sobre cuidar da Terra e buscar outras formas de interação com o planeta.

 

Em “Libertação”, Jully enfatizou que todos os seres deveriam ter seus direitos básicos respeitados. Em “Out of Time”, avisou que o tempo para impedirmos maiores catástrofes na Terra está acabando. Músicas lançadas em português, em inglês e agora em francês, para o mundo ouvir e refletir, já estão disponíveis nas plataformas formando uma narrativa completa em plena Semana Mundial do Meio Ambiente (5 a 9 de junho):

 

“Durante a pandemia senti um forte chamado para trazer, através da música, mensagens de consciência e transformação, em prol de um mundo mais ético e justo para todos os seres. Quando produzi ‘Somos Todos Um’, primeiro single que lancei deste álbum, senti um chamado a elevar a voz dos animais e dar visibilidade para eles. A sexta extinção em massa está em andamento e continuamos nos ocupando com valores superficiais e ultrapassados.”

 

Com as novas faixas – “Atualidade”, “Alma”, “Temptation”, “Veneno”, “Guardian”, “Prelúdio” e “SOS” – o álbum poliglota “SOS” também veio acompanhado de diversos clipes, todos tocantes. Das novas, a faixa-título chega com clipe dirigido por Levindo Carneiro no qual pode-se ver Virginie Boutaud, ativista como Jully, cantando em francês: “Un cataclysme, un brouillard, un tremblement de terre, une balle dans la poitrine”, versão em francês do refrão cantado pela parceira (“Um cataclisma, um nevoeiro, um terremoto, um tiro no peito”). Além dessa participação e da do paranaense Marano – na já divulgada faixa “Out of Time” – Jully divide “Temptation” com o cantor norte-americano Johnny O.

 

O álbum tem produção musical e arranjos do sul-africano radicado no Brasil Grenville Ries: todas as músicas do álbum, com exceção de “SOS” – que é parceria com Virginie Boutaud – são assinadas por Jully, que compõe ao piano e violão. Carlos Trilha assina a mixagem e a masterização. A imagem da capa foi feita pelo filho da cantora Marcus Beretta. O assunto é tão potente e tem tão poucas vozes no mundo artístico levando essa mensagem à frente que o resultado do trabalho da artista vem alcançando outros países, como a Rússia. “Não cabe mais nos dias de hoje, com tanta riqueza de informação e tecnologia, vivermos às custas da exploração alheia. A Terra nos dá fartura de alimento e todo tipo de matéria-prima para que possamos desenvolver um mundo pacífico sem dominação do mais fraco e vulnerável, e sem poluirmos o solo, a água e o ar com os restos de seus corpos violentados”, resume a cantora e compositora, cuja estética é muito particular e a torna uma grande representante dos direitos do planeta Terra no mundo da música.

 

 


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895