Juremir autografa sua versão de Jango
Jornalista e colunista teceu dedicatórias durante mais de duas horas e meia
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A sessão reuniu fãs da escrita de Juremir, admiradores de Jango, estudantes e personalidades da política, da comunicação e do mundo acadêmico. Um dos que aguardavam na fila era o jornalista Carlos Bastos, que definiu o livro como o último capítulo da “tetralogia trabalhista”, formada por “Getúlio”, “1930 — Águas da Revolução”, “Vozes da Legalidade” e o livro sobre Jango. “O Jango foi o primeiro a propor reformas de base, tinha grande capacidade de articulação, sabia escolher o seu pessoal. Ainda não li o livro, mas vou concordar com o Juremir, pois acho que não foi assassinado, ele tinha problemas de coração e vivia muito amargurado, querendo voltar a todo o custo para o Brasil”, ressalta Bastos.
O próprio Juremir lembrou na pausa entre uma dedicatória e outra que a conclusão do livro é que não há elementos que comprovem que ele foi assassinado por troca intencional de medicamentos para o coração. “Não fecho a porta para esta teoria, mas a exumação do corpo que está em andamento é o único caminho para esclarecer o assunto”, revela Juremir, que pesquisou durante três anos, entrevistou dezenas de pessoas, leu mais de 10 mil páginas de documentos, processos, investigações, relatórios de CPIs, sentenças das justiças brasileira, argentina e uruguaia sobre o caso.
A ex-deputada federal Luciana Genro revela que está ansiosa para ler a obra, pois considera Juremir um dos principais jornalistas do Estado. “É um dos mais comprometidos com a verdade e com pesquisa histórica que eu conheço. Também acho que ainda não há indícios suficientes de que Jango foi assassinado.”