Juremir Machado autografa "A Orquídea e o Serial Killer" no domingo

Juremir Machado autografa "A Orquídea e o Serial Killer" no domingo

Sessão de autógrafos ocorre durante 58ª Feira do Livro de Porto Alegre

Luiz Gonzaga Lopes / Correio do Povo

Escritor irá autografar nova obra na Feira do Livro, no domingo

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Adiversidade dos temas, a ironia fina, o exercício preciso do texto de quem olha o cotidiano pela visão humanista, pelo flâneur ou pelo olhar do subsolo. Todos estes atributos estão nas crônicas de Juremir Machado da Silva, percebidas pelos leitores todos os dias na página 2 do Correio do Povo. A reunião de pouco mais de cem destas crônicas publicadas no jornal desde 1º de setembro de 2000 resultou em 'A Orquídea e o Serial Killer' (L&PM), novo livro do escritor, jornalista, sociólogo, professor e pesquisador Juremir Machado da Silva. A obra será autografada na 58º Feira do Livro de Porto Alegre, neste domingo, às 17h.

O gênero crônica, segundo o autor, necessita que o cronista se coloque na situação, no fato ou no tema abordado. 'Não é a questão do cara ser egocêntrico, mas de universalizar este particular. Se eu falo de uma taquicardia que senti, escrevo sobre algo que poderia ter sido vivido por qualquer um. O leitor se identifica pela experiência universal', observa. Juremir lembra que selecionou 120 crônicas entre mais de 3 mil escritas nestes 12 anos no Correio do Povo.

Entre as crônicas está 'Um Motivo Justo', que versa sobre alguns filósofos franceses que morreram antes de conceder entrevistas a Juremir. 'Liquidei pelo menos três grandes filósofos: Félix Guattari, Gilles Deleuze e Jean-François Lyotard', diz um trecho da crônica. 'Quando eu morava na França, era só eu marcar uma entrevista com filósofos e eles morriam', afirma.

Em outra crônica intitulada 'Livro de Cabeceira', o autor fala do livro que ocupa a sua estante mais nobre, pois não fica na mesinha de cabeceira, que é 'Obras Completas', de Jorge Luis Borges, editado pela Emecé. Outra crônica é 'Lima, o Maldito', sobre Lima Barreto, o genial escritor fluminense, polemista, panfletário e maldito,
Aliás sobre a crônica e outros grandes representantes do gênero como Machado de Assis, Nelson Rodrigues e Rubem Braga, o autor observa que Machado era um ótimo cronista, mas Nelson era melhor que o autor de 'Dom Casmurro'. 'Nelson era mais moderno do que Machado. Eu não me sinto um seguidor do Nelson. A crônica foi sendo reinventada nos últimos 20 anos.'

Ao analisar a cultura popular e a erudita, a cidade e seus habitantes, Juremir considera a antologia uma aula para estudantes de jornalismo sobre o exercício diário da crônica na imprensa. Sobre a Feira do Livro, o cronista destaca que ela se caracteriza por ser uma festa, um encontro das pessoas com o livro e com o autor. 'O que a Feira deve proporcionar é que o livro seja barato. Este livro será lançado em formato pocket para chegar a um preço acessível ao leitor', conclui.

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