Justiça marca julgamento de influenciador Thiago Schutz por ameaça contra mulheres

Justiça marca julgamento de influenciador Thiago Schutz por ameaça contra mulheres

Schutz será julgado pelos crimes de ameaça e violência psicológica contra Bruna Volpi e Livia La Gatto

AE

Thiago Schutz: a audiência está marcada para o dia 9 de novembro

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O influenciador Thiago Schutz será julgado pelos crimes de ameaça e violência psicológica contra Bruna Volpi e Livia La Gatto no dia 9 de novembro.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Paulo, a audiência está marcada para às 16h30 e o julgamento segue em segredo de justiça.

Em março, o Ministério Público de São Paulo denunciou o influenciador digital Thiago Schutz, que ficou conhecido como "Calvo do Campari", e informou que ele também pode responder pelo crime de violência psicológica contra mulher.

A acusação se refere ao evento ocorrido no final de fevereiro, quando Thiago, dono do perfil Manual Red Pill Brasil, viralizou com um vídeo em que exemplifica suposta manipulação de uma mulher que oferece cerveja a um homem que bebe Campari - daí o apelido "Coach do Campari" ou "Calvo do Campari". Nas redes, o trecho do podcast trouxe à tona a discussão sobre masculinidade frágil, além de memes e sátiras.

Entre elas, o vídeo da humorista e atriz Livia La Gatto, que, sem citar nomes, ironizava falas misóginas (de ódio a mulheres) dos "coaches da masculinidade". Schutz, então, reagiu com uma fala sobre "processo ou bala", na intenção de que a postagem fosse apagada. Segundo comunicado do MP, ele também enviou mensagens com ameaças para Bruna Volpim que havia publicado material a respeito dele.

Livia representou criminalmente contra o influenciador e foi ouvida pela Polícia Civil de São Paulo, que abriu inquérito no 27º Distrito Policial. Nas redes sociais, Schutz afirmou ter sido mal interpretado e disse que era incapaz de atirar em alguém.

O Estadão entrou em contato com Bruna Volpi, que comentou sobre a sua expectativa quanto ao julgamento. "Espero que a justiça seja feita e que ele pague pelo crime que cometeu. Eu espero muito isso. Não somente pelo caso em si, mas para que sirva de exemplo. Além de mim, muitas outras mulheres são ameaçadas diariamente. É necessário que esse tipo de conduta seja levada à sério e que os criminosos comecem a ser, de fato, punidos para que não se sintam tão à vontade para nos ameaçar por certeza de impunidade", disse.

O Estadão também entrou em contato Livia La Gatto, que, por meio de sua assessoria, informou que não vai comentar sobre o caso. Tentamos contato com Thiago Schutz, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.

Sobre a associação com Campari, o Grupo Campari enviou ao Estadão o seguinte comunicado. "O Grupo Campari, em razão dos acontecimentos envolvendo o nome da companhia, informa que não tem, e nunca teve, nenhum tipo de relação, vínculo ou contato com Thiago Schutz. Campari se solidariza com todas as mulheres impactadas com os acontecidos, e declara que rechaça veementemente qualquer tipo de atitude de preconceito ou violência", diz a nota.


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