Liniker apresenta o seu primeiro álbum-solo, "Índigo Borboleta Anil"

Liniker apresenta o seu primeiro álbum-solo, "Índigo Borboleta Anil"

Participam do disco Milton Nascimento, Orquestra Jazz Sinfônica, Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz

Arte & Agenda

Em sua estreia solo, Liniker apresenta onze canções

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Em seu primeiro disco-solo, “Índigo Borboleta Anil”,  disponível a partir de hoje nas plataformas de música, Liniker compartilha as suas vivências do agora. Não é que ela não tenha olhado para o passado nessa nova construção, afinal a artista precisou se conectar com a sua ancestralidade para se colocar por inteira ao longo das 11 canções que compõem sua estreia-solo. O projeto conta com a participação de Milton Nascimento, de Tássia Reis, de DJ Nyack, de Tulipa Ruiz, da Orquestra Jazz Sinfônica, de Letieres Leite e da Orkestra Rumpilezz. A co-produção é de Liniker ao lado de Júlio Fejuca e Gustavo Ruiz.

Liniker conta que, quando ouve o disco, percebe que é um álbum de groove, um trabalho preto que circula bem no hip hop e, ao mesmo tempo, tem uma orquestra que poderia estar em um filme da Pixar. Essa pluralidade faz com que a artista prefira não colocar o disco em uma prateleira ou em uma caixinha com uma única definição: "é um álbum de música do começo ao fim: nas pausas, nos silêncios, nos textos e nas trocas", comenta. 

Entre as 11 canções está "Lalange", que fala sobre a criança de Liniker e também sobre Miguel Otávio Santana, menino de 5 anos de idade que caiu do nono andar de um prédio de luxo, no Recife, e que estava aos cuidados da patroa de sua mãe, Mirtes Renata Souza. "Eu quis falar das nossas crianças, além dessas mães que estão cansadas e que não aguentam mais chorar", compartilha. "É uma maneira de devolver essa música para minha mãe, para Mirtes e para o Miguel", pontua Liniker. A presença da voz de Milton Nascimento dá uma dimensão ainda maior à "Lalange". "Ter o Milton Nascimento ali, foi como olhar para a minha ancestralidade em tempo real. Frequentemente, o sonho  não é permitido para as pessoas pretas. Milton representa essa possibilidade. Eu olho para a minha criança, que é o meu passado, vejo o meu presente e olho para o futuro e, nesse fluxo, Milton é a minha seta", define.


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