Liniker celebra a arte e os afetos em noite apoteótica em Porto Alegre

Liniker celebra a arte e os afetos em noite apoteótica em Porto Alegre

Artista se apresentou no Araújo Vianna na noite de sexta-feira

Brenda Fernández

Artista se apresentou no Araújo Vianna na noite de sexta-feira

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A plateia ainda terminava de ocupar as cadeiras quando Liniker brilhou no meio do palco do Araújo Vianna. Em um vestido elegante cor azul índigo, ela transformou a noite de sexta-feira em um espetáculo apoteótico que começou às 21h30 e ficou reverberando – sabe-se lá até quando. 

Porto Alegre é também casa de Liniker, onde a artista paulista já tinha apresentado sua turnê solo "Índigo Borboleta Anil" em junho do ano passado. Nas duas apresentações, com um hiato de mais de um ano, foram de ingressos lotados. De lá pra cá, Liniker mostrou um amadurecimento artístico que reflete não só em sua performance de palco, com mais segurança e entrosamento com a banda, mas também entrega ao público, de forma encantadora, suas referências e gostos. Liniker girou, dançou, requebrou, sambou, gingou, brilhou, não deixou ninguém parado. É como ela própria disse naquela noite: “Trazer o mundo pra dentro do Brasil”

Além das faixas que integram o álbum solo da cantora, lançado em 2021, – com destaque para “Psiu” e “Vitoriosa” –, o setlist da apresentação também contou com os sucessos dos outros dois álbuns da artista – estes ao lado da banda Caramelows. “Intimidade” e “Calmô” ganharam uma roupagem um pouco diferente de suas versões originais (2019), agora mais dançante. A plateia cantou a plenos pulmões. 

“É muito importante ressignificar essas músicas. Comecei a escrever com 16 anos e elas me salvaram. Me deram eixo e me fizeram olhar pra mim como uma pessoa que sentia, que sabia que era amor, que queria desvendar esse mistério. Muito gostoso rever essa trajetória hoje. De uma pessoa negra e trans; de como ela se sente e de como gostaria de ser vista e sentia”, disse ao público. 

A noite também rendeu uma homenagem à Djavan, uma das principais referências da artista. Entregando uma interpretação emocionante de “Oceano”, Liniker tirou lágrimas da plateia. Se antes era festa, agora era contemplação – em longos intervalos de arrancar suspiros. 

A banda foi um show à parte. A cantora estava muito bem acompanhada com tudo que tem direito: percussão, teclas, sopro e cordas. Artistas.

Foto: Alexandra Silveira / Especial / CP


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