Livro e conversa sobre adjetivos dados às mulheres

Livro e conversa sobre adjetivos dados às mulheres

Marina Jerusalinsky estará hoje à noite na livraria Clareira, em Porto Alegre, para autografar “Adjetivo Feminino: dicionário de experiências”

Correio do Povo

Marina Jerusalinsky apresenta vários verbetes como Fresca e Gorda

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A dimensão ácida da experiência feminina na sociedade é o que pode ser conferido no livro “Adjetivo Feminino: dicionário de experiências” (Editora Bebel Books), com autógrafos da artista visual e escritora Marina Jerusalinsky, nesta segunda-feira, dia 22 de janeiro, das 19h às 22h, na livraria Clareira (Henrique Diaz, 111). O encontro ganhará também uma leitura da atriz Catharina Conte e uma roda de conversa instigante, mediada por Patsy Cecato.

A publicação reúne 59 adjetivos, como fraca, sensível demais, gostosa, morena, vagabunda, autoritária, braba, durona, insubordinada, estressada, fresca e louca, que recebem definições escritas por Marina a partir de sua própria experiência e a de 40 mulheres que responderam ao seu convite para que contassem sobre os adjetivos que as marcaram durante a vida e os contextos nos quais foram proferidos.

As palavras e conceitos do dicionário são descritos ora com humor, ora com ironia, mostrando as dimensões machistas, absurdas ou mesmo cruéis a que muitas mulheres são submetidas diariamente. O livro é dividido em três partes: I. Ambiente de trabalho; II. Espaços públicos e comerciais; e III. Relações pessoais. Alguns dos adjetivos são amplamente utilizados na nossa sociedade, como gostosa e morena; outros são comumente generalizados a todas as mulheres, como fraca, ou sensível demais; e outros, ainda, falam de experiências bastante singulares, como larga, anormal e bela bélica.

“Adjetivo Feminino” está em sua 3ª edição, com novo posfácio escrito por Bianca Ramoneda. São 92 páginas, com capa em papel Color Plus metalizado e miolo em Pólen Bold, tudo impresso na gráfica da Ruth, em São Paulo. Os verbetes Feminista, Braba, Louca e Vagabunda viraram lambe-lambe – presente oferecido com o livro no lançamento.

Marina, nascida em Porto Alegre, doutoranda em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo, trabalha sobretudo com a palavra e projetos participativos, investigando situações cotidianas que expressam problemas sociais. Cria em múltiplas linguagens, como livros de artista, peças gráficas, ações urbanas e instalações.


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