Livro revela segredos do guarda-roupa da rainha Elizabeth II
Soberana não usa chapéu depois das 18h e usa pesos nas bainhas das saias
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Kelly explica que trabalhou durante vários meses, em estreita colaboração com o diretor Danny Boyle, para criar o famoso vestido de renda e contas de cristal de cor pêssego que a rainha utilizou em agosto na cerimônia inaugural dos Jogos Olímpicos. A personal stylist confessa que nem mesmo os outros estilistas do palácio sabiam por que estavam fazendo duas versões do mesmo vestido, um para a verdadeira monarca e o outro para o dublê que rodou a cena na qual Elizabeth II saltava de paraquedas sobre o estádio a partir de um helicóptero.
Kelly revelou ainda que outra escolha fundamental foi a cor do traje, que tinha que se destacar durante a queda noturna da rainha de paraquedas e não podia se associar com nenhum país participante em particular. Mas a equipe de estilistas está acostumada a pensar em todo tipo de detalhes em função dos compromissos de Elizabeth II, como demonstram os dois anos de trabalho gastos para criar seu vestuário para o 60º aniversário de sua ascensão ao trono, marcado neste ano por diversas cerimônias.
Para o clímax das celebrações, a majestosa procissão fluvial liderada pela rainha no início de junho - realizada em meio ao frio e a uma intensa chuva -, Kelly criou um vestido com casaco combinando inspirado em sua antepassada Elizabeth I, e teve a feliz ideia de incluir uma pashmina. "Nunca pensamos que o tempo estaria tão ruim, mas estou feliz por termos dado a ela um pouco de proteção da chuva e do vento", escreveu no livro.
Entre outros detalhes, Angela Kelly também descreve que a soberana não utiliza chapéu a partir das seis da tarde e que às vezes pede para que sejam colocados pesos nas bainhas de suas saias. "A rainha realiza uma ampla gama de compromissos, muitos dos quais ao ar livre, onde um vento inesperado pode provocar constrangimentos", afirma também no livro. "Dressing the Queen" está disponível por 24,95 libras (cerca de 40 dólares).