Livro sobre Nara Leão ganha pré-venda

Livro sobre Nara Leão ganha pré-venda

Hoje, 19 de janeiro, Nara Leão completaria 80 anos. Para comemorar a data, entra em pré-venda 'Nara Leão: Nara – 1964', escrito por Hugo Sukman

Arte & Agenda

Capa do primeiro disco de Nara Leão, considerado uma obra revolucionária

publicidade

Hoje, 19 de janeiro, Nara Leão completaria 80 anos. Para comemorar a data, a editora Cobogó lança em pré-venda, exclusiva no seu site, o livro 'Nara Leão: Nara – 1964', escrito pelo pesquisador e jornalista Hugo Sukman.

O primeiro disco de Nara Leão foi uma obra revolucionária. Em Nara, lançado em 1964, a “musa” rompia com bossa nova para dar voz ao samba e à canção de protesto, valorizando compositores como Zé Keti, Nelson Cavaquinho e Cartola. Essa revolução – que, feita com modos suaves, lirismo e belas melodias anunciou o que seria a música brasileira a partir dali – é narrada no novo título da Coleção O Livro do Disco.

Neste LP, que é peça-chave para o entendimento daquele período, mobilizada pela profundidade social do samba, Nara realizou um trabalho, acima de tudo, político. "Esse primeiro disco, para mim, foi falar de uma coisa que eu achava muito importante, falar dos problemas brasileiros. Eu tinha muito a ideia de reportagem musical, mostrar ao pessoal de Copacabana o que o morro faz, uma coisa de reportagem mesmo.” (Nara Leão)

A narrativa evidencia a maneira pela qual o disco foi capaz de capturar o zeitgeist, o espírito daquela época, para produzir uma obra definitiva e atemporal. Ao se debruçar sobre sua criação e suas canções, Sukman ilumina a trajetória da artista visionária que foi Nara Leão enquanto guia o leitor por uma saborosa história não só da música brasileira como também do Brasil e de sua cultura.

Sobre Nara Leão

Nara Leão nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 1942, e mudou-se para o Rio ainda criança. O apartamento de seus pais, na Avenida Atlântica, logo se tornaria o epicentro da Bossa Nova, com reuniões que iam noite adentro e nas quais recebia em meio aos amigos, João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, para cantar e tocar violão. Inquieta, antes de gravar seu primeiro disco, Nara, em janeiro de 1964, rompe com a Bossa Nova concebendo um álbum que se volta para questões do Brasil, trazendo sambas e canções de cunho social. 

Seu segundo disco, 'Opinião de Nara' (1964), com canções de protesto, dá origem ao famoso show Opinião (1964), em que estaria em cena ao lado de Zé Kéti e João do Vale. Nara é a primeira a gravar compositores como Sidney Miller, Edu Lobo, Jards Macalé e Chico Buarque, ao lado de quem, em 1966, ganha o Festival da Record com a canção “A banda”, imenso sucesso nacional.

Em 1968 participa do disco coletivo Tropicália (1968), gravando a canção “Lindonéia”, encomendada por ela a Caetano Veloso, a partir de uma obra de Rubens Gerchman. No ano seguinte, com o acirramento do regime militar, parte para o exílio em Paris. Na volta ao Brasil, em 1971, grava álbuns marcantes como 'Meus amigos são um barat'o (1977), 'Com açúcar com afeto' (1980) e 'Nasci para bailar' (1982). Morre em 1989, deixando 24 discos e um legado inestimável para a música e a cultura brasileiras.

 

.


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta deste sábado, dia 27 de abril de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895