Lollapalooza fecha primeiro dia com 66 mil pessoas

Lollapalooza fecha primeiro dia com 66 mil pessoas

Festival continua neste domingo e a expectativa é de um público de 80 mil

Susi Borges

A americana St. Vincent hipnotizou o público em um show teatral e cheio de vontade

publicidade

O gigantesco festival Lollapalooza Brasil sacramentou sua quarta edição em uma agradável noite de sábado, em São Paulo. O Autódromo de Interlagos, local que abriga o evento pela segunda vez, só continua desafiando o público com as distâncias longínquas entre os palcos, medida tomada com a justificativa de evitar a interferência de som entre um e outro. Mas, se o exercício forçado é inevitável, pelo menos o resultado obtido com tantos quilômetros rodados continua sendo positivo. O saldo do dia foi de bons shows e uma estrutura que se mostra cada vez mais organizada - ou, pelo menos, preocupada com melhorias em relação ao que já não deu certo em três edições passadas.

O que mudou:

- Mangos
A produção desenvolveu uma moeda própria, o Mango. Custa R$ 2,50 e facilita um bocado, evitando filas.
- Comprinhas
Você está indo de um palco para outro e, de repente, depara-se com lojinhas de bijuterias, chapéus, alpargatas... é o Lolla Market, que investiu pesado esse ano em opções que estimulem o público a gastar mais e mais.
- Espaços para descanso
É tanta caminhada que até um lounge com redes surgem do nada em meio às inúmeras barraquinhas do evento. O povo gostou, tirou cochilo e tinha fila de espera.
- Comida
A evolução desta quarta edição foi a expansão do chef stage (espaço que funciona como uma praça de alimentação). Por lá você pode comer um burger de carne de ovelha ou estrogonofe pagando cerca de R$ 25. Para beber, chope saindo por R$ 10 o copo com 400 ml. Saindo dessa estrutura, há food trucks espalhados pelo evento, com pouca fila e servindo quitutes honestos por cerca de R$ 20. Duro de aguentar: pipoca fria vendida a R$ 10 pelos ambulantes.
- Shows
A noite de sábado desenhou um line-up pouco apelativo. Enquanto Jack White como headliner mandava ver no palco principal, com um rock sólido e banda destruidora, uma boa parcela dos presentes migrava para outra atração ou passeava. No entanto, independentemente da maturidade do público, o Lolla deste ano considerou bons nomes para estrear nos palcos nacionais. Os britânicos do Alt-J, com dois discos na bagagem, mas já com a competência para assumir o principal palco do festival, mobilizou muitos fãs para um show melancólico no meio da tarde. Annie Clark ou, St. Vincent, subiu ao palco Axe do Lolla – para uma performance hipnotizante - 15 minutos após o programado. Não era atraso, o cronograma do palco onde a norte-americana estava escalada foi alterado em virtude do cancelamento repentino do show da Marina and the Diamonds, que ficou presa em Nova Iorque por conta de um voo cancelado. Dentre os nacionais, a Banda do Mar - peço licença para o trocadilho - levou um mar de gente para o show que ainda, no início da tarde, recém dava os primeiros suspiros. Já os goianos da ótima Boogarins não tiveram tanto público, o que não impediu para entregar um belo show para quem estava presente.

Neste domingo a festa continua. Dentre os principais nomes estão os noventistas do Smashing Pumpkins e a cota pop pesada do ano, Pharrel Williams. Esse, responsável, inclusive, pela expectativa do público do domingo superar o de sábado, em uma estimativa de 80 mil pessoas. 

Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895