Luisa Sayuri, do grupo Atrizes Amarelas, vai estrear no cinema

Luisa Sayuri, do grupo Atrizes Amarelas, vai estrear no cinema

A atriz está no elenco do filme “Chama a Bebel”, que estreia nos cinemas em 11 de janeiro; confira a entrevista

Luciamem Winck

Luisa é curitibana, mas mora em Porto Alegre e participa de grupo que reúne artistas de origem oriental

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A atriz Luisa Sayuri está no elenco do filme “Chama a Bebel”, que estreia nos cinemas em 11 de janeiro. Na fita, que aborda a sustentabilidade e a defesa dos animais, ela dá vida a Gabi, uma típica adolescente que adora o universo pop e as redes sociais e é ligada na moda. O elenco ainda conta com nomes como Giulia Benite, Larissa Maciel e Marcos Breda. Com 16 anos, a artista começou a estudar teatro ainda criança. Nascida em Curitiba e moradora de Porto Alegre, Luisa faz parte do grupo Atrizes Amarelas, onde artistas asiáticas trocam experiências comuns sobre o mercado que ainda é restrito para esse biotipo. Em seu currículo ainda consta a minissérie “Código 3+1”, que ganhou o prêmio de melhor elenco infantojuvenil no Rio Web Fest 2022. A produção está disponível no YouTube.

Luisa, você é curitibana e veio morar em Porto Alegre para se dedicar à carreira de atriz. Como e quando foi essa mudança? E como foi sua adaptação?

Ainda muito pequena fui de Curitiba para o interior do Rio Grande do Sul, onde morei em Sananduva junto com meus pais. Apenas em 2018 me mudei para Porto Alegre com o objetivo de estudar para ser atriz. Diferente do que eu imaginava, tive uma grande facilidade para me adaptar. Claro que um colégio novo em uma cidade nova pareceram assustadores para a Luisa de 10 anos. Principalmente porque estava acostumada com uma cidade onde todos se conheciam e um colégio pequeno com poucos alunos e agora estava na Capital em uma das maiores escolas da cidade. Mas com o tempo fui me acostumando com as diferenças e hoje fiz de Porto Alegre meu lar.

Que hábitos gaúchos já adquiriu?

Apesar de não falar o famoso “tu” gaúcho, adquiri muitos hábitos sim. Acho que a expressão “bah” é uma das mais presentes no meu vocabulário. Amo ela, pode ser usada em qualquer contexto. Acho que essa é a expressão mais contagiante daqui, tenho um amigo carioca que passou algumas semanas no Sul e saiu falando bah. Vou confessar que não sou fã do chimarrão, mas todas outras comidas e bebidas típicas me encantam. Acho inclusive que churrasco é meu prato preferido.

Muito do mercado artístico nacional se concentra no eixo Rio-São Paulo. Como você observa isso? E pretende se mudar de vez para essas áreas ou vai tentar conciliar a carreira com a vida no Sul?

Interessante essa pergunta. Ultimamente tenho percebido que muitos diretores e produtores de elenco estão cada vez mais tentando sair dessa bolha e procurando no Sul novos talentos. Mesmo assim é incontestável que existe sim essa concentração Rio-São Paulo. Tenho planos de, num futuro próximo, me mudar para São Paulo justamente por isso.

Você tem 16 anos e já sabe desde cedo que quer ser atriz. Como a arte chegou até você?

Quando criança gostava muito de ver novela. Via todos os dias com minha avó. Foi aí que o interesse surgiu, com o sonho de aparecer na televisão. Comecei estudando teatro e depois fui para o meio audiovisual, onde me apaixonei. Foi o famoso “amor à primeira vista”. Desde a primeira vez em que atuei soube que era com isso que queria trabalhar.

Neste mês estreia no cinema o filme “Chama a Bebel”. O que pode falar da produção e da sua personagem?

Fiquei muito feliz de participar de “Chama a Bebel”, principalmente porque o filme aborda temas muito importantes como o capacitismo e o cuidado que devemos ter com o meio ambiente. O filme fala sobre assuntos importantes, mas de uma maneira leve, enquanto aborda também temas como amizade. A “Gabi”, minha personagem, é a típica adolescente que está sempre acompanhando o mundo pop. Ela é muito diferente de mim nesse quesito, eu nunca fui aquela menina que gosta de ver sites de fofocas, sabe da vida dos famosos ou vive acompanhando os reality shows. Acho que por sermos muito diferentes, a oportunidade de dar vida para a personagem se tornou mais divertida ainda.

E como é estrear profissionalmente no cinema nacional?

“Chama a Bebel” foi meu primeiro grande projeto e tem sido um sonho se realizando. Participar do filme apenas confirmou mais ainda o quanto eu amo atuar! Sou apaixonada pelo cinema nacional e é uma honra poder dizer que participo dele.

Quais seus sonhos profissionais?

Sempre digo que o meu maior objetivo é poder trabalhar com o que amo! Mas como qualquer um, também tenho minhas ambições. Desde pequena fui uma sonhadora, fui ensinada a ter certeza de que com a quantidade certa de força de vontade e esperança tudo se torna possível. Creio que meus sonhos profissionais mudarão com o tempo, mas atualmente seria atuar em algum projeto internacional.

Você faz parte do grupo Atrizes Amarelas, em que artistas com biótopo asiático trocam experiências sobre o mercado artístico. Como é fazer parte desse grupo?

Desde pequena tive muito pouco contato com outras pessoas asiáticas, costumava morar no interior, onde eu era a única japonesa da cidade. Pra mim, poder fazer parte de um grupo que não só possui outras mulheres que assim como eu tem a vivência asiática, mas também possuem o mesmo amor pela arte me enche de alegria! Eu amo poder me conectar com pessoas, é uma grande parte de mim. Sempre digo que conhecer gente nova e compartilhar experiências e visões de mundo são o que me mantém viva.

O mercado vem se abrindo muito para atores negros. E como você percebe o mercado atual para os orientais?

Olha, acredito que atualmente o mercado está sim muito mais aberto, porém temos muito a conquistar. Apesar de tudo, se você é uma atriz branca você ainda vai ter uma experiência muito diferente do que uma atriz amarela ou preta. Mas a parte boa é que estamos caminhando para um futuro melhor!

Como 16 anos, como Luisa Sayuri se vê daqui 16 anos?

As únicas duas certezas que tenho é que daqui 16 anos vou ainda ser atriz e vou ter um cachorro e um gato. Provavelmente um Border Collie ou um salsicha (Dachshund)! Na verdade, não tenho uma imagem certa de quem eu serei daqui 16 anos. Mas me imagino sendo a mesma pessoa apaixonada pela vida, compartilhando ela com aqueles que amo e fazendo o que amo: atuar.


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