Maestro James Levine processa Ópera Met após demissão por abuso
Músico pediu indenização de R$ 4 milhões de dólares
publicidade
Em sua ação, Levine exige da Met uma indenização de R$ 4 milhões de dólares por ruptura de contrato e difamação, e acusa a Ópera de manchar seu legado. Em dezembro passado, a Met já havia suspendido Levine, seu maestro durante 40 anos, após as primeiras denúncias de "conduta sexualmente abusiva e assediadora" contra jovens músicos.
Aposentado desde 2016, Levine ainda era diretor musical emérito da Met e até dezembro seguia trabalhando ocasionalmente como maestro. Após uma investigação que incluiu entrevistas com mais de 70 pessoas, a Met declarou ter encontrado "provas confiáveis de que Levine teve uma conduta sexualmente abusiva e assediadora com artistas vulneráveis sobre os quais tinha autoridade, no começo de suas carreiras".
Desde que mais de uma centena de mulheres acusaram de assédio, agressão sexual ou estupro o produtor de cinema e televisão Harvey Weinstein, em outubro passado, os Estados Unidos vivem uma onda de denúncias de abuso sexual que derrubaram homens poderosos em outras indústrias, da música ao balé, da gastronomia à política, das finanças aos meios de comunicação.