Malba expõe autorretrato de Frida Kahlo, a mais cara obra latino-americana

Malba expõe autorretrato de Frida Kahlo, a mais cara obra latino-americana

A exposição em museu de Buenos Aires começa nesta sexta-feira, dia 26, e ficará em cartaz por um ano

AFP

Fachada do Malba chama a exposição do autorretrato de Frida Kahlo

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O Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) irá expor por um ano, a partir desta sexta-feira, dia 26 de agosto, o quadro "Diego e Eu", um autorretrato da mexicana Frida Kahlo que se tornou no ano passado a obra latino-americana mais cara já leiloada.

A pintura de 1949 foi adquirida em novembro de 2021 pelo argentino Eduardo Costantini, fundador do Malba, por 34,9 milhões de dólares na casa de leilões Sotheby's, de Nova York. Será a primeira vez desde 1998 que a obra é exibida ao público, ressaltou o colecionador nesta quarta-feira à imprensa.

"Diego e Eu", que chegou a Buenos Aires há poucos dias, será a principal atração da exposição "Terceiro Olho", em que Constantini mostrará sua coleção privada, onde também se destacam quadros do cubano Wifredo Lam, dos mexicanos Miguel Covarrubias e Rosa Rolanda e do brasileiro Vicente do Rego Monteiro.

"Para mim, Frida representa uma artista única. Tem uma biografia dramática que conta sem nenhum pudor, de uma forma espontânea, aberta. Creio que é precisamente isso o que as pessoas amam sobre ela", afirmou Constantini em um tour pela mostra.

"Ela manipulava a técnica do retrato como os melhores artistas da história e utilizou essa habilidade para contar seus dramas", acrescentou sobre essa artista que se tornou um ícone feminista.

A obra será exposta junto com "Autorretrato com Macaco e Periquito", de 1942, que pertence à coleção permanente do museu. Também será exibido um conjunto documental, com fotografias e outros objetos, realizado por Raquel Tibol, a primeira biógrafa da artista mexicana.

"Diego e Eu", um óleo sobre madeira de 30 por 22,4 centímetros, é uma das obras mais emblemáticas de Kahlo e uma das últimas que produziu antes de morrer em 1954, aos 47 anos.

O quadro mostra Kahlo em lágrimas e, por cima, sobre suas famosas sobrancelhas, surge o rosto de seu marido, o pintor e muralista mexicano Diego Rivera, que por sua vez tem um terceiro olho na testa.

"É uma obra excepcional de Frida Kahlo, que é uma artista muito consagrada com um corpo de obra que não é pequeno nem muito numeroso. Vale a pena", comentou à AFP a curadora da exposição, María Amalia García.

A mostra, que abrange mais de 240 obras, reúne nas mesmas salas a coleção permanente do Malba e a privada de Constantini. "A ideia é difundir a arte latino-americana", resumiu ele.


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