'Mamonas Assassinas' revê fenômeno 'very porreta'

'Mamonas Assassinas' revê fenômeno 'very porreta'

Sob o comando de Edson Spinello, diretor de novelas da Record, ‘Mamonas Assassinas: O Filme’ estreia nesta quinta-feira, dia 28 de dezembro

Estadão Conteúdo

Cena do filme 'Mamonas Assassinas'

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Foi por volta de 2016 que o ator Ruy Brissac, já conhecido no teatro por seu trabalho como Dinho no musical sobre o Mamonas Assassinas, foi sondado para protagonizar um filme sobre o grupo. Era a escolha natural, já que havia sido aprovado pela família do vocalista e era elogiado pela peça musical. Mas não rolou: o roteiro, do novelista Carlos Lombardi, foi pulando de dono em dono até chegar à produtora Walkiria Barbosa.

'Esse projeto já esteve nas mãos de várias outras empresas e não conseguiram viabilizar. Me falaram disso, quis ler o roteiro, que é do Lombardi, e adorei', conta Walkiria, ao Estadão.

O resultado desse projeto, que já estava começando a virar lenda urbana, finalmente está vendo a luz do dia. Sob o comando de Edson Spinello, diretor de novelas da Record, ‘Mamonas Assassinas: O Filme estreia na quinta, 28, contando a história do grupo que teve ascensão meteórica e terminou em 2 de março de 1996, com a tragédia que todo mundo conhece.

Segundo Walkiria, a primeira versão do roteiro, sob seus cuidados, passou por vários momentos. Primeiramente, houve o encantamento com o texto de Lombardi. Depois, descobriram que a pesquisa que ele recebeu para escrever a história não estava totalmente acurada. Assim, buscaram mais informações sobre os oito meses de existência dos Mamonas, mergulhando também na vida pessoal deles, e afinaram um novo script.

'Quando a gente entrou no universo dos Mamonas, vimos que era uma coisa maior do que um filme. Era uma obrigação contar essa história. Era necessário', contextualiza a produtora do longa-metragem. 'Temos familiares já bastante idosos, como a mãe do Bento, com quase 90 anos. A gente deve isso a eles. Afinal, os Mamonas ainda são idolatrados.'

Universos

O resultado é um filme que tenta mesclar dois universos. De um lado, os palcos. De outro, um vislumbre do que foi a vida desse grupo lidando com o sucesso inesperado de músicas como a irreverente Pelados em Santos - aquela que diz, entre outras pérolas, 'Mina, seus cabelo é da hora', 'Mutcho mar do que lindia' e 'Music is very porreta' - além de clássicos ousadíssimos, como ‘Vira-Vira’ e’ Sabão Crá Cra’.

Para dar o tom, Walkiria conta que familiares dos integrantes do Mamonas chegavam a ficar nos bastidores dando dicas de como eles falavam e se comportavam.

Para a escolha de elenco, Ruy já estava certo como Dinho. Robson Lima como Júlio Rasec, Adriano Tunes como Samuel Reoli e Rener Freitas como Sérgio Reoli vieram de audições e do musical. Alberto Hinoto, uma das decisões mais acertadas do filme, interpreta Bento, seu tio.

'A gente não estava preocupado com eles serem conhecidos. Queríamos que fossem bons atores com química', explica a produtora.

Bastidores

Ruy conta ao Estadão que precisou entender essa dinâmica do cinema - afinal, é seu primeiro trabalho fora dos palcos. 'No teatro, a interpretação é maior. A última pessoa na última fila precisa te ouvir. No cinema, é menor, mais reduzida, mais real. No musical, a gente ensaiava de forma cronológica. No filme, não tem ordem. É uma loucura', completa. 'Eu me aprofundei mais no filme, no lado humano, fora dos palcos. Os Mamonas no dia a dia, nos bastidores, como eram.'

Agora, mesmo sendo uma produção mais simples e com menos orçamento, ‘Mamonas Assassinas: O Filme’ tenta embarcar no sucesso de outras cinebiografias, como Nosso Sonho, da dupla ‘Claudinho e Buchecha’, e ‘Meu Nome É Gal, além da base de fãs do grupo, que persiste quase 30 anos após a morte dos Mamonas.

'É uma história potente para o momento que o mundo vive, para trazer esperança para o público jovem', diz Walkiria.

Confira trailer:


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