"Maneva é um filho, um sonho que se tornou real", afirma Tales de Polli

"Maneva é um filho, um sonho que se tornou real", afirma Tales de Polli

Banda de reggae paulistana apresenta sexta no Opinião o show da turnê comemorativa de 18 anos; vocalista conversou com o Correio do Povo

Luiz Gonzaga Lopes

Tales de Polli: "A música é como um remédio e ela serve para curar, transformar, transmutar".

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O reggae nacional vem produzindo nas últimas três décadas nomes que se tornaram definitivos na música brasileira. Nesta esteira, podemos citar Tribo de Jah, Planta & Raiz, Natiruts, Chimarruts, Armandinho, Maskavo, entre outros. Porém, há uma banda com 18 anos de existência, a paulistana Maneva, que é um fenômeno, pois na minha opinião cada música deles é uma história única, peculiar, essencial. O Maneva apresenta a turnê comemorativa de 18 anos com energia, liberdade, alto astral, amor e reflexão, hoje, às 23h30min, no Bar Opinião (José do Patrocínio, 834. O setlist deve contar com suas principais canções como “Pisando Descalço”, “Saudades do Tempo”, “Seja pra Mim”, “Porta do Teu Prédio”, “Corre pro Meu Mar”. Ingressos à venda na Sympla.

A banda formada pelos amigos Tales de Polli (voz e violão), Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Diego Andrade (percussão) e Fabinho Araújo (bateria) vem colhendo bons frutos na carreira. Em 2021, a banda foi indicada a “Melhor Canção em Língua Portuguesa” no Grammy Latino com “Lágrimas de Alegria”, em parceria com o Natiruts. A banda integra o “Top 200” dos artistas mais ouvidos no Spotify, com mais de 1,5 bilhão de streams. Em 2020, lançou o EP “Cabeça de Folha” e em 2022, o disco “Mundo Novo”. Em entrevista ao Correio do Povo, o vocalista Tales de Polli, fala do segredo da longevidade, das composições da banda, da pandemia e do roteiro do show. 

 

Correio do Povo - Eu preciso saber o que na tua opinião vem diferenciando o Maneva das demais bandas do gênero?
Tales de Polli -
No mercado e no coração dos fãs cabem todos os estilos, gêneros e ritmos diferentes. É complicado comparar o Maneva , é complicado comparar qualquer artista porque penso que cada um é único em sua essência, alma e verdade. A conexão é aquilo que de fato nos une, tão não tem como dizer sobre o Maneva em relação aos parceiros do mesmo segmento, mas só do Maneva, da nossa busca incessante pela verdade em nossas composições, os arranjos musicais, que sempre são motivo de empenho para que a entrega seja 100%. A música precisa falar, tocar o coração e penso que, avaliando a nossa história de 18 anos, estamos no caminho certo.


CP - A pandemia parece ter reforçado a relação da banda com o seu público e a criação de músicas inspiradas e inspiradoras. Você poderia falar sobre o momento da banda na pandemia, estes dois anos em meio aos 18 de existência do Maneva. 
Tales -
 Maneva é um filho, um sonho que se tornou real. Aliás, viver da música era um sonho e todos nós, Fabinho, Diego, Gato e Felipe, conseguimos. Fazer com que o projeto tivesse vida própria, fosse saudável, levou um tempo. Foram anos, com empenho e muita dedicação para que desse certo. Uma das particularidades do Maneva é a composição, que mistura alma, sentimento e verdade. São histórias reais, pensamentos reais e isso cria uma conexão com o fã. Na pandemia ficamos meio sem saber o que de fato poderia acontecer. Foram anos difíceis, mas época que também não perdemos a esperança e isso se reflete intimamente em dois projetos de muito sucesso, a label "Tudo Vira Reggae", que irá se transformar no nosso novo DVD este ano, e "Mundo Novo", álbum produzido em meio à pandemia.

 

CP - Cara, vou deixar o lado sério do jornalista e tentar mostrar o lado fã. Preciso saber do processo de composição da banda. Como cada música surge? Curto muito reggae nacional e caras como vocês conseguem fazer com que cada música toque diferente no seu público.  

Tales - O segredo é a verdade, aquilo que enxergamos. A música é como um remédio e ela serve para curar, transformar, transmutar. Os assuntos estão sempre ligados a histórias reais, sejam nossas, de amigos ou muitas vezes de fãs. O trabalho é criar algo sólido e transformar em canção. Unir a poesia na melodia certa para criar algo que realmente toque o coração, a alma do outro.

 

CP - Para fechar, eu gostaria de saber como é o roteiro deste show da turnê de aniversário de 18 anos. As músicas que entram, as conversas, as músicas que não cabem, tempo de duração, uma pequena radiografia do que os gaúchos vão ver sexta no Opinião. E já aproveito para perguntar sobre o público gaúcho, o que ele representa para vocês em termos de energia e troca?

Tales - O show tem duas horas de duração e leva a nossa assinatura na produção e direção musical. O 18 Anos reúne alguns dos clássicos que renderam as nossas 11 certificações, incluindo um single de diamante. Os destaques, claro, ficam com “Seja Para Mim”, “O Destino Não Quis”, “Sem Jeito”, “Saudades do Tempo”, “Pisando Descalço”, “Corre Pro Meu Mar” e “Lágrimas de Alegria” – esta responsável pela indicação ao Grammy Latino na categoria “Melhor Canção em Língua Portuguesa”.

Foto de Pam Martins / Divulgação / CP


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