"Mein Kampf" é relançado e traz debate sobre extremismo
Versões comentadas do livro agora são permitidas e defendidas por "contextualizar os escritos de Hitler"
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A equipe de Wirsching assumiu em 2009 a tarefa grande e controversa de reunir as 3500 notas históricas que acompanham o texto. Na verdade, a Alemanha continua proibindo a publicação do texto puro sob ameaça de ações legais por incitação ao ódio, mas as versões comentadas agora são possíveis.
A iniciativa do IFZ, que causou mal-estar nas autoridades bávaras, é "contextualizar os escritos de Hitler". "Como nasceram suas teses? E, principalmente, como podemos opor com nossos conhecimentos de hoje às inúmeras afirmações, mentiras e declarações de intenção de Hitler?", questiona o instituto. Um sindicato de docentes alemães declarou-se favorável a este relançamento para "imunizar os adolescentes contra o extremismo", mas descarta que seja "uma leitura obrigatória".
Tabu em Israel
"Conhecer 'Mein Kampf' continua sendo importante para explicar a Shoah e o nacional socialismo", afirma Josef Schuster, presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, que, no entanto, teme que a obra a presença maior da obra no mercado. Em Israel, a difusão da obra continua proibida a um público maior, e agora essa situação deverá mudar.