Memorial da Ospa abre as portas para o público

Memorial da Ospa abre as portas para o público

Com entrada gratuita, novo espaço cultural conta a história de mais de sete décadas da Orquestra


Correio do Povo

Concerto da Ospa em Fábrica nos anos 1970

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A partir desta terça, 21 de novembro, o público terá a oportunidade de conhecer em detalhes a história de uma das orquestras mais antigas do Brasil. A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), finalmente realiza um antigo sonho: o Memorial da Ospa. O espaço apresenta o vasto acervo da Orquestra ao longo de seus 73 anos de existência, o que acrescenta mais um atrativo à Casa da Ospa (Borges de Medeiros, 1501), que já conta com uma Sala Sinfônica e uma Sala de Recitais com  programação cultural intensa. A visitação estará disponível a partir desta terça-feira, de terças a sextas, das 12h às 17h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim do espetáculo. A entrada é gratuita.

No Memorial, o público poderá explorar a história da Ospa, a orquestra brasileira mais antiga em atividade contínua. Entre os milhares de itens que documentam mais de 3 mil concertos, há curiosidades como registros da encenação da ópera "Aida", que trouxe animais de um circo para o Araújo Vianna em 1965, ou do espetáculo realizado nas ruínas jesuíticas de São Miguel das Missões com o tenor José Carreras. O presidente da OSPA, Gilberto Schwartsmann, destaca que o Memorial da Ospa fornecerá "aos futuros gerações os elementos essenciais para que eles possam compreender as origens, vocações e missão institucional" da Orquestra.

O Memorial da Ospa é o resultado de um trabalho de pesquisa que começou há mais de três anos, liderado pelo curador Paulo Amaral, com a pesquisa de José Francisco Alves e Dorvalina Gomes. Essa equipe dedicou-se a catalogar e organizar o acervo da Orquestra desde 1950, ano de sua fundação, até os dias atuais. Foram reunidos programas de concertos, cartas, documentos, contratos, registros de viagens, figurinos de óperas, partituras e desenhos de cenários para óperas. "O objetivo deste memorial é possibilitar o conhecimento da orquestra e também a própria pesquisa documental. Mostrar que tudo isso não surgiu hoje, mas foi construído ao longo de 73 anos. A Ospa enfrentou grandes dificuldades e atualmente é uma orquestra de excelência", comenta Paulo Amaral, ex-diretor do Margs, coordenador de Artes Visuais de Porto Alegre e frequentador da Ospa desde a infância.

O Memorial ganhou forma com o design expositivo de Ceres Storchi e Emily Borghetti, que organizaram o espaço com uma vitrine dedicada ao maestro Pablo Komlós, fundador da OSPA, uma linha do tempo abrangendo os anos de 1950 a 2023, um diorama que mostra a estrutura de uma orquestra, uma mesa interativa com artigos digitalizados do acervo e armários com documentos históricos originais.

Além disso, a equipe de produção artística da Fundação Ospa preparou uma exposição especial para marcar a abertura do Memorial da Ospa. Intitulada "Tecendo Histórias", a mostra é curada por Brenda Knevitz e Letícia Battassini, com expografia de Daniel Lion. Ela é composta por oito figurinos de óperas realizadas pela Ospa nos últimos anos, incluindo vestidos, saias e smokings selecionados do acervo da fundação. Os itens foram usados pelos protagonistas, coadjuvantes e coralistas dos espetáculos "Orfeu e Eurídice" (2019), "O Acordo Perfeito" (2021), "A Viúva Alegre" (2022), "O Morcego" (2022) e "Os Bacharéis" (2023). A exposição estará em cartaz de 16 de novembro a 9 de dezembro.

Serviço

Memorial da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Data: a partir de 21/11

Local: Casa da Ospa (Caff – av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre)

Visitação: de terça a sexta-feira, das 12h às 17h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim do espetáculo

 


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