Mick Jagger critica reforma do judiciário polonês durante show em Varsóvia

Mick Jagger critica reforma do judiciário polonês durante show em Varsóvia

Líder dos Rolling Stones atendeu ao chamado de Lech Walesa, que pediu apoio da banda britânica

AFP

Líder dos Rolling Stones atendeu ao chamado de Lech Walesa, que pediu apoio da banda britânica

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O líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, referiu-se à polêmica reforma do Judiciário na Polônia durante um show em Varsóvia no domingo, depois que o ícone da luta contra o comunismo Lech Walesa pediu à banda britânica que apoiasse os poloneses que "defendem a liberdade", diante das criticadas mudanças na Justiça. Milhares de poloneses protestaram na semana passada contra uma polêmica lei apoiada pelo governo do partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que impôs a aposentadoria forçada de dezenas de juízes de alta instância.

"Sou velho demais para ser juiz, mas jovem o suficiente para cantar", disse Jagger, em polonês, segundo uma gravação do show publicada no Periscope pelo jornal liberal polonês "Gazeta Wyborcza". "Vocês sabem que viemos à Polônia há muito tempo, em 1967", acrescentou, já em inglês, referindo-se ao primeiro show dos Rolling Stones no país. "Espero que prestem atenção a tudo o que aprenderam desde então. Que Deus os abençoe!", completou.

A União Europeia criticou a lei, alegando que a aposentadoria precoce de juízes é uma ameaça à independência do Judiciário no país e à separação de poderes em uma democracia. Prêmio Nobel da Paz em 1987 por seu papel como líder do sindicato Solidariedade, Walesa disse aos Rolling Stones no sábado, pelo Facebook, que "estão acontecendo coisas ruins na Polônia". "Muita gente na Polônia está defendendo a liberdade, mas precisa de apoio. Se puderem fazer, ou dizer, algo, enquanto estiverem na Polônia, realmente teria significado para eles", pediu Walesa, primeiro presidente da Polônia pós-comunista.

O apelo de Walesa foi feito em plena tempestade política pela aposentadoria forçada da presidente da Suprema Corte polonesa, Malgorzata Gersdorf, que considerou inconstitucional esta decisão, que interrompe seu mandato de seis anos.

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