Morre a cantora irlandesa Sinéad O'Connor

Morre a cantora irlandesa Sinéad O'Connor

Shane, filho da cantora, morreu no ano passado, aos 17 anos. Ela deixa outros três filhos

AE e Correio do Povo

Artista lutava há anos contra a depressão

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Conforme o jornal "Irish Times" e confirmado pela agência de notícias Reuters, a cantora irlandesa Sinéad O'Connor morreu aos 56 anos. Ainda não há mais informações sobre a causa da morte.

"Com grande tristeza anunciamos o falecimento da nossa querida Sinead. Sua família e amigos estão devastados e pedem privacidade neste momento difícil", indicou a família em um comunicado divulgado pelo canal público RTE.

Sinead O’Connor nasceu em Dublin, na Irlanda, em 1966. A cantora começou a carreira musical em 1987, com o álbum "The Lion and the Cobra", tendo se apresentado, nessa época, em diversos países da Europa, ganhando visibilidade e alguma notoriedade.

Mas foi seu segundo trabalho, o disco "I Do Not Want What I Haven’t Got", de 1990, que garantiu à cantora uma carreira internacional. É nele que está seu maior hit, "Nothing Compares 2 U", composta por Prince. A canção fez com que o álbum atingisse a primeira posição entre os mais vendidos em inúmeros países.

Ela ficou famosa não só pelas suas atuações musicais, mas por suas opiniões firmes sobre temas como os direitos da mulher e os abusos cometidos por integrantes da Igreja Católica.

Em outubro de 1992, a artista fez uma apresentação no programa de televisão "Saturday Night Live", nos Estados Unidos. Ao cantar "War", de Bob Marley, Sinead rasgou uma foto do Papa João Paulo II ao vivo no final da canção, o que causou grande polêmica à época. Se criticava certas instituições, também foi solidária com outras, fazendo doações para a Cruz Vermelha.

Em 1999, protagonizou outra polêmica quando uma igreja dissidente irlandesa a ordenou sacerdotisa.

Conhecida por sua cabeça raspada, a cantora desapareceu aos poucos dos holofotes. Em 2005, retornou com seu álbum de reggae "Throw Down Your Arms", após ter vivido um período na Jamaica e experimentado as crenças rastafaris.

Anos depois, ela se aproximou da religião, convertendo-se ao islamismo. Em 2018, ela mudou o nome para Shuhada’ Davitt.

Por décadas, a cantora irlandesa falou abertamente sobre a luta que travava contra doenças mentais. Nos últimos anos, ela contou que sofria de depressão.

Nos últimos anos, ela ressurgiu nas redes sociais, ameaçando seus antigos companheiros de levá-los à Justiça.

Um ano atrás, o filho dela, Shane, de 17 anos, cometeu suicídio após fugir do hospital em que estava sob observação justamente para evitar que atentasse contra a própria vida. Ela deixa outros três filhos.

 

Cantora em apresentação de 2012 em Nova Iorque. Crédito: Jason Kempin / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP


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