Mostra cinematográfica traz raridades da RKO na Usina do Gasômetro

Mostra cinematográfica traz raridades da RKO na Usina do Gasômetro

Maratona de filmes faz apanhado histórico do estúdio que marcou época com "King Kong"

Correio do Povo

Maratona de filmes faz apanhado histórico do estúdio que marcou época com "King Kong"

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Uma seleção de raridades do cinema estará à disposição dos porto-alegrenses. A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta a mostra Era uma Vez a RKO, com clássicos da lendária produtora e distribuidora de filmes norte-americana. A lista de filmes inclui obras de cineastas como Howard Hawks, Allan Dwan, John Ford, Jacques Tourneur, Nicholas Ray, Ida Lupino, Leo McCarey, George Cukor, Otto Preminger, Orson Welles e Fritz Lang, entre outros.

Um dos destaques da mostra é a Maratona Val Lewton, com cinco filmes do ciclo de horror produzido por Lewton para a RKO: "Sangue de Pantera", "O Homem-Leopardo" e "A Morta-Viva", de Jacques Tourneur; "A Sétima Vítima, de Mark Robson; e "A Maldição do Sangue da Pantera", de Gunther von Fritsch e Robert Wise.

A RKO Radio Pictures surgiu no final da década de 1920 da fusão entre a Radio Corporation of America e a rede de salas de cinema Keith-Albee-Orpheum. Em 1931, dois grandes eventos marcaram a história da produtora: a compra da Pathé norte-americana e a contratação de David O. Selznick como responsável da produção do estúdio. O primeiro marco cinematográfico da produtora aconteceu no ano, com o faroeste Cimarron, de Wesley Ruggles, vencedor do Oscar de Melhor Filme. As ideias grandiosas de Selznick, no entanto, levaram a RKO a enormes prejuízos em seu período inicial. É nesse momento que Merian C. Cooper toma conta da produção, privilegiando produções baratas e inventivas.

O resultado é um dos marcos do cinema hollywoodiano: King Kong, de 1933, dirigido por Ernest B. Schoedsack e pelo próprio Cooper. Na década de 1930, não havia em Hollywood uma produtora com uma variedade tão grande de gêneros quanto a RKO. Entre musicais, fantasias, faroestes, policiais, comédia, a produtora ficava marcada como um espaço em que os cineastas tinham mais liberdade para criar suas histórias. Dos primeiros anos da produtora, a mostra apresenta enormes sucessos, como os musicais O Picolino, de Mark Sandrich, e Cativa e Cativante, de George Stevens, e fracassos como Vivendo em Dúvida, de George Cukor, sexualmente transgressor para a época, e Levada da Breca, de Howard Hawks, um marco da screwball comedy, ambos com a explosiva dupla Katharine Hepburn e Cary Grant.



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