Mostra em Porto Alegre celebra 100 anos de Xico Stockinger

Mostra em Porto Alegre celebra 100 anos de Xico Stockinger

Exposição estará no Centro Cultural da Ufrgs até janeiro de 2020

Correio do Povo

Obras poderão ser conferidas sempre de segundas a sextas-feiras das 9h às 19h e aos sábados das 9h às 17h

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A partir desta terça, o Centro Cultural da Ufrgs (rua Engenheiro Luiz Englert, 333) promove a “Ocupação Stockinger”, exposição em comemoração aos 100 anos da personalidade e obra de Xico Stockinger. A mostra abre ao público hoje, com visitação até janeiro de 2020, sempre de segundas a sextas-feiras das 9h às 19h e aos sábados das 9h às 17h.

Além da exposição está prevista a exibição do documentário “Xico Stockinger”, de Frederico Mendina, hoje, às 16h, no Auditório do Margs (Praça da Alfândega, s/n°). Por meio de um olhar cuidadoso e delicado, o filme traz a fala do artista, sua obra, os lugares que fizeram parte de sua formação e seu ambiente de trabalho, além do depoimento de diversas pessoas de sua convivência ao longo de sua trajetória. Importantes fatos históricos estão em foco, assim como sua vida como cidadão atuante. Com mediação do diretor do Margs, Francisco Dalcol, que assina a curadoria, a sessão comentada tem entrada franca. 

Na mostra da Ufrgs, Stockinger terá suas famosas esculturas expostas no centro cultural, em diálogo com diversas fotos capturadas em seu atelier, assinadas por Luiz Eduardo Robinson Achutti, professor do Instituto de Artes da Ufrgs, nos últimos anos de vida do artista austríaco, naturalizado brasileiro.

As fotos fizeram parte da exposição e do livro lançado no ano de 2008 pelo fotógrafo, “A Matéria Encantada – Xico Stockinger por Achutti”. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a família de Stockinger e o Departamento de Difusão Cultural da Ufrgs. Foram cedidas obras do acervo pessoal de Xico por seu filho, Francisco. A MBZ Advogados Associados é a parceira cultural do projeto.

Arte desde os rabiscos da infância

Escultor, desenhista, ilustrador, gravador e professor. Francisco Stockinger, nascido em Traun, Áustria, radicou-se no Brasil em 1921. Desde sua infância já nutria um interesse especial pela arte, pois, segundo o artista, o gosto pelo desenho começou ainda quando era pequeno. Sua trajetória escultórica teve como mestre Bruno Giorgi (1905–1993) e iniciou aos 29 anos. Em 1954 passou a residir em Porto Alegre, realizando trabalhos em artes gráficas em jornais da época e, na década seguinte, fundou e dirigiu o Atelier Livre de Porto Alegre (em 1961) e foi diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), entre 1963 e 1964.

Sua carreira na escultura é marcada pela diversidade de materiais, como ferro, madeira, bronze e pedra. Admirador de artistas como Alexander Calder (1898–1976), Henry Moore (1898–1986), Marino Marini (1901–1980), Bruno Giorgi e Sérgio Camargo (1930–1990), entre outros.

Xico Stockinger soube desenvolver, com notória maestria, sua “poética trágico-heroica” tornando-se “importante expoente de toda uma geração de artistas brasileiros do pós-guerra” e “um dos fundadores da escultura no sul do Brasil” (Scaranci, 2002, p.118). Suas obras podem ser encontradas em diversos museus, instituições culturais e espaços públicos.


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