Mostra traz filmes inéditos de Jacques Rivette a Porto Alegre
Sessões com entrada franca ocorrem até 11 de agosto na Usina do Gasômetro
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Serão exibidos nove filmes, com cópias vindas da França, todas em 35 mm, à exceção do documentário “Jacques Rivette, o Vigilante”, que foi feito para a televisão (com direção da Claire Denis), e, portanto, será exibido em digital, e de “Out 1 – Espectro”, a ser exibido em 16 mm.
Todos os filmes, exceto o clássico “A Religiosa”, são inéditos no Brasil. Entre eles, o longa de estreia de Rivette, “Paris nos Pertence” (um dos marcos da Nouvelle Vague), os longuíssimos “Amor Louco” e “Out 1 – Espectro” (cada um com mais de 4 horas de duração), o cultuado “Céline e Julie Vão de Barco”, um dos favoritos do diretor espanhol Pedro Almodóvar (que o incluiu na mostra com seus filmes preferidos, encomendada pela Cinemateca Francesa há alguns anos) e de David Lynch (foi uma das inspirações para “Cidade dos Sonhos”) e o drama de época “Não Toque no Machado” (adaptação de “A Duquesa de Langeais”, de Balzac).
No dia 8 de agosto, após a sessão de “Paris nos Pertence” (às 20h), o professor Milton do Prado, coordenador do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos, que tem um mestrado sobre Rivette realizado na Universidade de Concordia (Canadá), participa de um debate com o público sobre a sua obra. O mais erudito dos cineastas da Nouvelle Vague, conhecido por sua intimidade com outras disciplinas artísticas, Rivette nunca gozou da mesma popularidade que Truffaut, Godard e Claude Chabrol.