Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul completa 47 anos

Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul completa 47 anos

Fundado em 1º de fevereiro de 1977, foi o primeiro do país a retratar o tema da Energia Elétrica

Maria Freire

Fundado em 1º de fevereiro de 1977, foi o primeiro do país a retratar o tema da Energia Elétrica

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O número 1223 da Rua dos Andradas abriga tesouros. O prédio tombado pelo Estado em 1984 é a sede do Espaço Força e Luz (EFL), instituição privada sem fins lucrativos responsável pelo Museu de Energia do Rio Grande do Sul. Fundado em 1° de fevereiro de 1977 por funcionários da CEEE, o museu foi o primeiro do país a retratar a temática da Energia Elétrica, inspirando a criação de instituições similares em outros estados, como São Paulo e Paraná.

O museólogo responsável pelo museu, Marcelo Scheffer, conta que a criação do acervo surgiu a partir da necessidade de preservar a memória do desenvolvimento da energia elétrica no Estado. Para Scheffer, a conservação dessa memória é essencial pois se relaciona diretamente com a evolução das cidades: “Quando tratamos de energia elétrica, falamos de desenvolvimento urbano”, ressalta.

Inicialmente aberto exclusivamente para a visita de funcionários da Ceee, o museu passou a ser aberto ao público geral seis meses após sua inauguração. Mais de uma década após sua fundação, nos anos 90, o Mergs passou a ocupar o Espaço Força e Luz, então chamado Centro Cultural Erico Verissimo, no coração do Centro Histórico de Porto Alegre.

ITINERÂNCIA

Também nos anos 90, o museu adotou uma política itinerante, visitando diversas regiões do Estado. O projeto permitiu que o acervo fosse facilmente acessado por pessoas de todo o Rio Grande do Sul. Essa preocupação com a acessibilidade de públicos diversos ao acervo do museu se mantém: além de ser totalmente adaptado para pessoas com deficiências físicas, a instituição se prepara para realizar uma visita guiada em Libras como atividade comemorativa do aniversário do Mergs.

ACESSIBILIDADE

“Sempre gostamos de trazer públicos que não acessam o museu. Acessibilidade não é apenas sobre deficiência, mas sobre inserir o museu no aparelho cultural”, afirma Verônica Fernandez, diretora-presidente do EFL. Para facilitar essa aproximação com o público, o museu atualmente disponibiliza seu acervo para consulta online de forma gratuita.

Atualmente, o Mergs abriga a exposição “Fio Condutor”, em cartaz desde setembro de 2023. A mostra conta com objetos que contam a história da energia elétrica no Estado, como equipamentos e EPIs, muitos deles doados por ex-funcionários da Ceee, cujo fragmentos da própria história também são contados na mostra.

A mostra “Fio Condutor” também apresenta fotografias dos séculos XIX e XX expostas em formatos diferenciados - papel, tecidos, negativos - além de um espaço infantil com quadro interativo, que torna a exibição atrativa para públicos diversos.

A respeito do futuro do museu, Fernandez e Scheffer apostam em ações educativas e culturais que renovem o interesse do público, e mantenham viva a ideia de que o museu é um local de memória coletiva e pesquisa.

* Sob a supervisão de Luiz Gonzaga Lopes


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