Museu de História da Medicina abre acervo para exposições temáticas
Instrumentos médicos e documentos de época são mostrados aos visitantes
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Havia ainda o “Acerte no Vírus”, um jogo de perguntas e respostas para adolescentes sobre HIV/AIDS, e o “Monte o Joaquim”, onde podia ser montado o esqueleto e os órgãos do corpo humano, além da distribuição de folhetos e livretos explicativos. “A ideia foi trazer um pouquinho do nosso acervo e alguns dos nossos jogos educativos. Para que o pessoal tenha vontade de visitar a instituição”, detalhou a museóloga Angela Pomatti, citando que temas, como saúde pública e atos de higfiene como lavar as mãos para prevenir doenças, também foram abordados.
A museóloga Angela Pomatti revelou que o acervo do MUHM é composto por 4 mil peças, 15 mil documentos e 6 mil livros, dos quais 500 constituem-se de obras raras. O museu, mantido pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), completou dez anos em 2017. “Trabalhamos pela memória da Medicina e preservação desse acervo”, resumiu. Ela citou que o museu trabalha também com as modificações sociais que ocorreram na sociedade e o avanço da prática médica.
Já a historiadora e pedagoga Glaucia Kulzer lembrou que a instituição sempre está aberta para receber novas doações, como documentos e fotos antigas, instrumentos médicos do passado, bulas e receituários, entre outros objetos. “Pode ser qualquer coisa que retrate a História da Medicina e também da Beneficência Portuguesa”, destacou. Uma pequena parte do acervo, sobretudo material mais antigo, já está digitalizada, mas a ideia é colocá-lo todo no mundo virtual.
Situado na avenida Independência, 270, no prédio histórico do Hospital Beneficência Portuguesa, o MUHM está aberto ao público de terça a sexta-feira das 10h às 19h e no sábado das 14h às 18h, com entrada franca. Exposições temáticas são realizadas no local.
Uma das grandes atrações é o Joaquim, um esqueleto humano exposto desde 2008. Ele foi importado da França pelo médico Gabriel Schlatter, no início do século 20, para o estudo de anatomia, recebendo o nome de Joaquim. A doação ao MUHM ocorreu em 2007. No ano passado, o esqueleto foi restaurado pelo Laboratório de Anatomia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.