Musical "Seis" estreia hoje em Porto Alegre
Produção do grupo Música e Cena é baseada em “Six”, espetáculo que passou por West End, na Inglaterra, e Broadway, nos EUA
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O coletivo independente de teatro musical Música e Cena, que atua na Região Metropolitana, chega a Porto Alegre pela primeira vez com a peça “Seis - O Remix da História”. Com duas datas, as apresentações acontecem nesta quinta e sexta-feira, dias 13 e 14, às 20h, no Teatro do Sesc (Av. Alberto Bins, 665 - Centro Histórico). Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla.
“Seis” conta a história das seis esposas do antigo Rei da Inglaterra Henrique VIII, que governou entre 1509 e 1547. Na peça, elas querem formar uma banda e competem para ver quem será a líder – a escolhida será quem provar que sofreu mais nas mãos do rei. Cada rainha possui uma gama de referências da música pop, como Beyoncé, Alicia Keys, Avril Lavigne e Doja Cat.
A produtora e versista Anne Greif, que também interpreta Catherine Parr, sexta e última esposa de Henrique VIII, explica que a adaptação brasileira buscou outras referências nacionais para compor a interpretação dos personagens. “A premissa do ‘Seis’ é justamente sobre empoderamento feminino e sororidade”, conta Anne, “mas é muito difícil tu conseguir se enxergar no palco quando as referências são coisas que não se conectam contigo”.
Anitta, Pitty e Iza, por exemplo, serviram de inspiração para a equipe. Mônica Freitas, dançarina e diretora coreográfica do espetáculo, interpreta Catalina de Aragón, a primeira esposa. Ela acredita que, por mais que a história seja antiga, é possível relacioná-la com o atual, ao vermos mulheres sendo vítimas dos mais variados tipos de preconceito. Mônica define que a história “normalmente é contada a partir do homem, mas aqui a gente quer mostrar o olhar da mulher”.
O musical busca colocar as personagens femininas em evidência. “A gente só aprende sobre o fim da vida delas”, explica Anne, “quem morreu e quem sobreviveu, mas não sabemos como viveram ou o que fizeram”. “Seis” pretende levar o espectador a uma jornada de 1h15m reflexiva e bem-humorada pela história, marcado pelas principais referências femininas da música contemporânea.
*Sob a supervisão de Luiz Gonzaga Lopes