MV Bill faz 50 anos: conheça cinco hits do rapper
“Estilo vagabundo” é a música mais ouvida do também escritor e ativista no Brasil
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O rapper, compositor, escritor, cineasta, ator e ativista MV Bill faz aniversário de 50 anos nesta quarta-feira, dia 3 de janeiro. Segundo o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), nos últimos cinco anos, a canção de autoria de MV Bill que os brasileiros mais ouviram foi “Estilo vagabundo”, parceria com Kapony e Kmila Cdd. A canção também foi a mais regravada do artista até o momento.
MV Bill é o nome artístico de Alex Pereira Barbosa que, até o momento, tem 218 obras musicais e 416 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad. As obras musicais são as suas composições, com letra e/ou melodia e em parceria ou não. Já as gravações são registros de obras musicais disponibilizadas de forma digital (como no streaming) ou em suporte físico (como um DVD). Com isso, uma mesma obra musical pode ter diferentes gravações, como, por exemplo, a original, uma versão acústica ou um show gravado para um DVD.
Carreira de MV Bill
O músico iniciou a carreira na música em 1988, quando começou a escrever sambas-enredo para seu pai, sendo que em 1993 fez sua primeira participação em um disco oficial. O apelido de Bill veio da infância, quando o achavam parecido com um personagem de desenhos animados chamado Rato Bill. Quando se engajou no rap, ele agregou um MV, que significa Mensageiro da Verdade, contrapondo-se ao que a maioria dos rappers usa, o MC de mestre de cerimônias.
O Ecad aponta as 5 músicas de autoria de MV Bill mais tocadas nos últimos 5 anos no Brasil.
Confira a lista, organizada por música e autores:
1 Estilo vagabundo, de Mv Bill / Kapony / Kmila Cdd
2 O mundo dá voltas, de Rodriguinho / Mv Bill
3 Poesia acústica 8 amor e samba, de Froid / Lucas Malak / Cynthia Luz / Kayua / Bob Do Contra / Projota / Elana Dara / Cesar Mc / Slim / Mv Bill
4 Só Deus pode me julgar, de Dj Luciano / Mv Bill
5 Soldado do morro, de Dj Luciano / Mv Bill
Carreira como escritor
Entre seus livros está o último “A Vida me Ensinou a Caminhar”, no qual traz memórias sobre a vida na Cidade de Deus, comunidade no Rio de Janeiro onde o músico cresceu. Narra o abandono paterno, o que agregou responsabilidades ao menino cheio de sonhos, passando pela estreia no rap em 1991 com o grupo Geração Futuro. São 27 capítulos onde ele narra histórias que se passam em Aracaju, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Teresina e Belém. O músico também descreve os bastidores de sua participação no festival Free Jazz, onde se apresentou com arma na cintura, durante as edições do Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1999.
Seu primeiro livro foi “Cabeça de Porco”, em 2025, escrito em parceria com Celso Athayde e Luiz Eduardo Soares. Nele é apresentado uma analise da violência urbana originada do tráfico de drogas, com dados apresentados baseados em pesquisas, entrevistas e filmagens feitas por todo o Brasil
