Naomi Watts e Liam Neeson em estreias nos cinemas

Entre as novidades nos cinemas, a partir de hoje, têm produções com a bela Naomi Watts, o sempre ativo Liam Neeson, e pérolas do cinema francês. Para começar, “A Hora do Desespero”, dirigido por Phillip Noyce, coloca Naomi Watts em uma corrida contra o tempo e a distância. O que pareceria um dia normal se converte em horas de tensão para a mãe que só desejava “um dia para sí mesma”. Seu mundo desaba enquanto ela está a quilômetros de casa. Com a temática mais do que urgente e atual de “pessoa armada faz reféns e protagoniza assassinatos em escola nos EUA”, o filme traz o ponto de vista da viúva que, por vezes impotente, faz de tudo para tentar salvar seus filhos de uma tragédia. A trama nos leva a uma pequena cidade do interior do EUA, com acontecimento em tempo real. Grande parte das imagens foca na personagem de Naomi, enquanto tenta sair dos bosques em que foi caminhar para chegar até a escola atacada dos filhos. Mas não espere um discurso anti-armas. Produzido pela própria Naomi, o filme se contenta em focar na mãe desesperada e na busca de um final feliz. Para sua família.

Outra novidade nas telonas a partir de hoje é “Assassino sem Rastro”, que traz Liam Neeson como um assassino profissional que deve lidar com problemas de memória. Do mesmo diretor de “007: Cassino Royale”, Martin Campbell, o filme tem, além de Neeson, Guy Pearce, Monica Bellucci, Taj Atwal, Ray Fearon e Harold Torres, e tem como cenário El Paso, Texas, na fronteira mexicana. A temática da produção aborda ainda o tráfico sexual infantil e os centros de detenção de imigrantes nos EUA. A personagem de Neeson, Alex Lewis é um assassino experiente que está na mira do FBI, mas em determinado momento se recusa a concluir um trabalho para uma organização criminosa. Daí começa a caça às pessoas que o contrataram antes que seja pego pelo o agente do FBI Vincent Serra, vivido por Guy Pearce. E é no meio de tudo isso que a memória de Alex começa a vacilar e ele é forçado a questionar todas as suas ações, e, acima de tudo, em quem ele confia. O filme é baseado na produção belga “De Zaak Alzheimer”, lançada em 2003, e inspirado no livro homônimo do autor Jef Geeraerts, considerado um clássico do gênero e vencedor de prêmios de cinema europeu.

E para os amantes dos franceses, estreia hoje nova adaptação do romance homônimo de Honoré de Balzac, “Ilusões Perdidas”. Com direção do cineasta francês Xavier Giannoli o filme fez sua estreia no Festival de Veneza, e desde então tem seguido uma carreira de sucesso. Foi o grande vencedor do prêmio César deste ano, com seis estatuetas. Publicado originalmente em 1837, o romance de Balzac não perde atualidade, tratando da imprensa e da perda da ingenuidade de um jovem sonhador que se muda do interior da França para Paris. 

Outra elogiada produção francesa em estreia é “Está Tudo Bem”, de François Ozon. O filme, que também fez sua estreia mundial no Festival de Cannes de 2021, traz Sophie Marceau no papel de Emmanuèle, uma escritora cujo pai, depois de sofrer um derrame e ficar no hospital, pede ajuda à filha para poder morrer. O personagem é interpretado por André Dussollier.

Novo trabalho de Aly Muritiba

Chega hoje aos cinemas e amanhã a plataformas de streaming o brasileiro “Jesus Kid”, do realizador Aly Muritiba. Baseado na obra homônima de Lourenço Mutarelli, o longa é protagonizado por Paulo Miklos e traz Sérgio Marone como Jesus Kid. Na trama, Miklos interpreta Eugênio, um escritor de pocket books de western, que atravessa uma fase difícil. Seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está indo mal de vendas e a editora ameaça parar de publicá-lo. Então Eugênio é contratado para escrever o roteiro de um filme, dentro de um hotel luxuoso, do qual, por contrato, não pode sair por três meses.

Filmes sobre cartas e tramas

Documentários brasileiros chegam aos cinemas. “Espero Que Esta Te Encontre e Que Estejas Bem”, de Natara Ney, resgata a história de um lote de cartas de amor encontrado em uma feira de antiguidades. A partir da descoberta, uma investigação se inicia para localizar o casal responsável pelas missivas, trocadas entre Rio de Janeiro e Campo Grande. Com direção de André Bushatsky, “Brasileiríssima” convida o espectador a uma viagem pela herança sócio-cultural de um produto de entretenimento nacional: a telenovela. É um resgate dos primórdios até os dias atuais.