Negatividade de Trump desperta energia positiva dos americanos, pondera Jane Fonda

Negatividade de Trump desperta energia positiva dos americanos, pondera Jane Fonda

Atriz considera que administração do Republicano pode trazer danos irreversíveis ao planeta

Correio do Povo

Ela afirmou que sempre achou natural homens ganharem mais do que mulheres e que só viu o problema disso no ano passado

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Em Salt Lake City, no estado do Utah, para partipar do Festival de Sundance e divulgar um documentário sobre sua vida, Jane Fonda ponderou que a negativa do presidente Donald Trump faz com que as pessoas se unam para "tentar salvar o país". Em entrevisa à Revista Variety, a artista afirmou temer o governo do Republicano, principalmente sua política ambiental. "O medo mais imediato é o que está acontecendo no nosso planeta porque isso não é reversível e é muito terrível. Em segundo lugar, receio que a nossa democracia esteja sendo tirada de nós", disse a vencedora do Oscar de melhor atriz em 1972 e 1979, respectivamente por "Klute" e "Amargo regresso".

Figura proeminente no ativismo pelos Direitos Humanos e das mulheres nos Estados Unidos, a artista de 80 anos consideoru que o chefe de Estado tem "uma energia totalmente negativa". "Exceto talvez quando ele está com uma estrela pornô! Não é tão terrível dizer isso sobre o seu presidente?", ironizou. "Ele é energia negativa total e, quando ele se move no mundo, libera a energia positiva de outras pessoas. É por isso que tantas pessoas estão se levantando e sendo mais ativas do que nunca; correndo quando elas nunca consideraram fazê-lo antes. Não é só porque ele baixou tanto o nível tanto. É como se as pessoas gritassem 'Ajuda!" Eu tenho que fazer minha parte e salvar esse país e tudo o que defendemos'", argumentou.

Ao ser questionado sobre um possível processo de impeachment, a atriz considerou que "não faz ideia". "Todos os dias há algo ultrajante que aconteceu. Depois, discute-se o trauma e o impeachment. Precisamos ter cuidado para não nos distrairmos, porque enquanto estamos dando atenção a isso, nosso país está sendo roubado por trás de nossas costas", afirmou. Ela ainda disse que espera viver até ver uma mulher presidindo o país e comentou que dará seu apoio à apresentadora Oprah Winfrey caso ela queira concorrer à Casa Branca. "Eu acho que ela é uma personalidade muito poderosa. Seus valores são totalmente fabulosos. Eu não acho que ela vai correr, mas, se ela fizesse, eu iria apoiá-la, porque ela se cercaria das melhores pessoas", analisou.

Jane, que recentemente arrecadaou R$ 4,2 milhões para ONG que promove educação sexual, também comentou os recentes escândalos de assédio na indústria cinematográfica. "Hollywood é o mínimo de uma escalada global. O Time's Up é muito diferente do #MeToo. O primeiro é sobre agir para criar mudanças. Uma das coisas maravilhosas que eu amo sobre esse movimento é que eles entendem a importância da interseccionalidade, de chegar a outros setores onde as mulheres não são famosas e não são brancas e são terrivelmente vulneráveis. Elas enfrentam assédios sexuais terríveis. Trabalhadoras domésticas, agricultoras, restaurantes. O Time's Up está colocando seus braços em torno de todos esses setores. É por isso que penso que é um movimento muito profundo que estará aí por muito tempo, muito tempo", considerou. Para ela, trata-se de um ponto de inflexão do qual não há como regredir.

Atualmente protagonista da série "Grace and Frankie", cuja quarta temporada estreiou na Netflix na última sexta, a artista disse que há até pouco tempo não percebia que recebia menos que os colegas homens. "Foi só no ano passado. Veja, isso vai te parecer estranho, mas nunca prestei atenção. Bem, é claro que Rob Redford vai receber mais dinheiro. Eu sou apenas eu. Ele é ele. Então eu simplesmente assumi que era assim e eu entendi como algo natural. Até que muitas pessoas mais jovens da minha indústria começaram a falar sobre isso e comecei a prestar atenção. Agora eu sou velha, por isso não me importa tanto", conclui.

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