Netflix vai exibir documentário sobre ataque ao "Charlie Hebdo"
"Je suis Charlie” estará disponível a partir de quinta, um ano após o atentado que deixou 12 mortos
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A produção é dirigida por Daniel e Emmanuel Leconte, pai e filho, que em 2008 já haviam rodado um filme sobre o semanário, o “It’s hard to be loved by jerks”. O filme do ano passado traz entrevistas de arquivo com cartunistas que perderam a vida no ataque: Cabu, responsável pelo desenho do profeta Maomé que serviu de mote para as mortes, e Charb, editor-chefe do jornal. Há depoimentos também de outros funcionários da publicação, como a cartunista Coco, que conta como foi forçada a abrir as portas do escritório do Charlie Hebdo.
Por causa da proximidade da família Leconte com o jornal, o filme consegue mostrar com honestidade e sensibilidade a dificuldade da preparação da edição especial pós-ataque - a equipe admite que foi difícil ver o lado engraçado da carnificina para continuar o trabalho com a irreverência característica do jornal. Além disso, “Je suis Charlie” mostra os desdobramentos do evento, com filmagens de manifestações de rua em homenagem às vítimas, palavras do presidente François Hollande e charges da historiadora Elizabeth Badinter sobre antissemitismo.
A crítica especializada desvelou elogios ao documentário. De acordo com a revista norte-americana Variety, "Je suis Charlie", no seu ponto mais alto, descreve a filosofia dos cartunistas, sua defesa apaixonada e irrestrita da liberdade de expressão, da sátira, e do direito de fazer as pessoas rirem.
Assista ao trailer de "Je suis Charlie":