Nova evidência pode mudar caso relatado na série "Making a Murderer"

Nova evidência pode mudar caso relatado na série "Making a Murderer"

Advogada descobriu que polícia não informou à defesa que entregou ossos à família da vítima

Correio do Povo

Steven Avery foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato da fotógrafa Teresa Halbach.

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Em duas temporadas, a série documental "Making A Murderer" cativou o público com a história de Steven Avery e de seu sobrinho Brendan Dassey, condenados pelo assassinato da fotógrafa Teresa Hallbach, em 2007, apesar de manterem o discurso de serem inocentes. Enquanto a Netflix não confirma se o programa terá uma terceira temporada, a advogada de Avery, Kathleen Zellner, divulgou nesta semana uma atualização sobre novas evidências em potencial que poderiam dar ao seu cliente uma chance de liberdade. Pelo Twitter, ela disse que o Estado confirmou que entregou "muitos ossos" à família da vítima em 2011, mas não se lembra de ter informado a defesa sobre isso.  

Kathleen alegou que, como não houve notificação desta ocorrência, acredita que os fragmentos ósseos têm o potencial de provar que Teresa não foi assassinada na propriedade de Avery; no julgamento, em 2007, foi sugerido que ele matou a mulher e queimou o corpo em um buraco em seu terreno. À revista Newsweek, ela afirmou que isso viola as leis de Wisconsin e explicou que a descoberta poderia levar a uma nova audiência ou julgamento e, portanto, potencialmente a uma absolvição. Ela está atualmente tentando reverter a condenação do cliente, que, cumpre sentença de prisão perpétua, sem liberdade condicional, e até agora já ela ganhou mais de oito recursos.

"Esses relatórios sobre o Sr. Avery sendo liberado não são precisos. Acreditamos que nossa atual moção é um dos desenvolvimentos mais significativos no caso Avery. Não há justificativa para as ações do Estado que violam as leis de Wisconsin e as leis federais. Acreditamos que o tribunal está lutando para determinar o remédio para tal violação", afirmou à revista Newsweek. "Se o tribunal nos atender, ele ordenará uma audiência de prova ou um novo julgamento. O que levará à libertação de Avery é um novo julgamento e absolvição, porque seremos capazes de refutar todo o caso do Estado com as novas evidências que desenvolvemos nos últimos três anos. O Sr. Avery é inocente e não será condenado pela segunda vez".

Em entrevista ao jornal Metro, do Reino Unido ela afirmou que não sabe como o tribunal vai decidir, mas comentou que o Estado tem a obrigação de rever seus erros. "Será que isso corrigirá essa flagrante violação da lei, responsabilizando o Estado ou ele fechará os olhos para isso? O tempo vai dizer. De qualquer maneira, vamos lutar até que Steven Avery esteja livre", avaliou.

Anteriormente, a advogada contou que quis pegar o caso depois de assistir à primeira temporada de "Making A Murderer". Ela começou seu próprio escritório de advocacia em 1991 e, desde então, conseguiu a libertação de 19 pessoas, incluindo um homem chamado Joseph Burrows, que havia sido condenado à morte pelo assassinato do fazendeiro William E. Dulan; anulou a sentença depois de convencer o verdadeiro criminoso a confessar.


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