Novo aporte para a Feira do Livro

Novo aporte para a Feira do Livro

Com a recusa do Conselho Estadual de Cultura, o evento obtém parte de recurso com o Estado

Correio do Povo

Registro da edição passada da Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre anualmente na Praça da Alfândega

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Rio Grande do Sul confirmou, ontem, o aporte de R$ 200 mil para auxiliar financeiramente a Feira do Livro de Porto Alegre. A 69ª edição do evento será realizada entre 27 de outubro e 15 de novembro, na Praça da Alfândega. 

Conforme a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, a decisão foi tomada em reunião com o governador Eduardo Leite na tarde de na segunda-feira. A Sedac despenderá recursos da cota do Departamento de Livro, Leitura e Literatura, além de uma suplementação orçamentária para, em convênio com a Câmara Rio-Grandense do Livro, realizar a programação artística e cultural do evento.

Segundo a secretária, as tratativas entre a Câmara do Livro e a Sedac já estão em andamento. "Vamos cumprir com o pedido da Câmara Rio-Grandense do Livro, que nos apresentou uma demanda de R$ 199,6 mil para cachês de escritores e artistas. Assim, vamos garantir toda a programação adulta e infantil", explica. O Banrisul patrocinará o evento literário com outros R$ 550 mil.

"A Feira do Livro é muito generosa, porque promove aproximação entre as pessoas e a literatura. É uma feira que leva o nome do RS para fora, que tem reconhecimento em outros estados brasileiros e também em nível internacional. Principalmente pela grandiosidade que tem, com realização em praça pública, aberta e sem cobrança de ingressos. Sem falar dos escritores e dos artistas que participam da feira. É um evento que importa para quem consome e para quem produz a literatura", considera Bia.

Para o diretor do Departamento de Livro, Leitura e Literatura, Benhur Bortolotto, o investimento vai garantir uma programação de qualidade. "São recursos do tesouro do estado que estarão destinados a remunerar profissionais que produzem e que difundem a literatura", comenta Bortolotto. Os próximos passos incluem a formalização da parceria e a definição da programação.

Em 2023, o projeto inscrito no Pró-cultura não foi considerado prioritário pelo Conselho Estadual de Cultura para receber investimento por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o que motivou o governo a buscar alternativas para apoiar o evento. Autônomo, o conselho é composto por 27 integrantes, sendo que dois terços são eleitos por entidades culturais de todas as regiões do Rio Grande do Sul.

O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Max Ledur, recebeu com satisfação a notícia, mas explica que o valor ainda não é o ideal. “Já contávamos com o valor do Banrisul, porque é um patrocinador histórico”, explica. “A gente fica muito feliz com essa solução, com o valor do aporte de R$ 200 mil na programação, mas ainda não é suficiente”, comenta Ledur. “Isso é tão inusitado, (o Conselho Estadual de Cultura) não aprovar o projeto da Feira na Lei de Incentivo, que nem o governo estadual esperava, porque os orçamentos são feitos de um ano para outro. O governo conseguiu de alguma maneira um valor para aporte na Feira. Mas a luta não terminou, pois ainda faltam em torno de R$ 400 mil para fechar o nosso orçamento”, argumenta Ledur.


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