Novo Woddy Allen visita o cinema

Novo Woddy Allen visita o cinema

Estreia nas telonas a comédia ‘Festival do Amor’, homenagem às inspirações do diretor

Marcos Santuario

No filme, o diretor nova-iorquino de 86 anos homenageia suas maiores inspirações e relembra obras europeias

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Sempre aguardado por fãs do estilo e do diretor, chega às telas a partir desta quinta-feira um novo trabalho do cultuado realizador Woody Allen. “O Festival do Amor” é uma comédia romântica escrita e dirigida por Woody Allen e que se estabelece como o 50º longa-metragem de sua carreira. Nele, o diretor nova-iorquino de 86 anos homenageia suas maiores inspirações e relembra obras de grandes cineastas europeus. Entre eles estão Jean-Luc Godard, François Truffaut, Federico Fellini, Ingmar Bergman e Luis Buñuel. O novo trabalho de Allen vem com elenco de estrelas encabeçado por nomes como Wallace Shawn (de “Jovem Sheldon”), Gina Gershon (visto em “Riverdale”), Louis Garrel (de “Adoráveis Mulheres”) e o talentoso Christoph Waltz (de “007: Sem Tempo Para Morrer”, entre outros’).

A comédia gira em torno de Mort Rifkin, vivido por Wallace Shawn, e de sua esposa, Sue, encarnada por Gina Gershon, que trabalha como assessora de diretores de cinema. Eles viajam para a Espanha para acompanhar o famoso Festival de San Sebastián, se envolvem pelo charme e pela magia da cidade, e Mort passa a desconfiar que Sue pode estar tendo um caso com um atraente diretor francês, vivido por Louis Garrel. Woody Allen já esteve no Festival de San Sebastián e percebeu uma cidade linda, que o fez decidir escrever uma história que se passasse lá. Gina Gerson definiu o projeto como “uma verdadeira carta de amor ao cinema”.

Para compor o universo da trama, importante também a participação de outros atores, entre os quais estão Michael Garvey (de “Mulher-Maravilha 1984”), Elena Anaya (de “A Pele Que Habito”), Enrique Arce (o Arturito de “La Casa de Papel”), Sergi López (visto em “O Labirinto do Fauno”), Tammy Blanchard (de “Caminhos da Floresta”) e Georgina Amorós (de “Elite”).

“Eu já estive no Festival de San Sebastián e me lembrei de como a cidade é linda, então decidi escrever uma história que se passasse lá”, revelou Woody Allen a respeito da escolha da locação para o filme. O filme, como não poderia ser diferente, abriu o Festival de San Sebastián deste ano. Esperado com curiosidade pelos presentes, durante a coletiva de imprensa, no evento, Allen confessou que cresceu assistindo a filmes europeus, e por isso serviram de inspiração. Entre as referências mais explícitas está o clássico “Um Homem e Uma Mulher’, de Claude Lelouch. “É um desses filmes europeus que teve impacto enorme em geração de cineastas jovens nos Estados Unidos”.

E em se tratando de Estados Unidos, sabe-se que o país está de portas fechadas para Woody Allen. Sob a sombra de denúncias de quase 30 anos atrás de abuso sexual da própria filha, que voltaram à tona mais recentemente na esteira do movimento #MeToo, cinemas, patrocinadores, atores e atrizes do primeiro escalão não querem saber do nome de Allen. Ao não poder filmar em Nova Iorque, uma das paixões de sua vida, o diretor que fez da cidade seu cenário preferido para divertir-se com emoções, sentimentos e pensamentos contemporâneos, acabou aterrissando nas ruas da cidade espanhola, que o recebem sempre com entusiasmo.


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