Novos personagens devem garantir futuro longevo para “Star Wars”

Novos personagens devem garantir futuro longevo para “Star Wars”

Saga se prepara fim de atual franquia e fãs especulam sobre desdobramentos da história

Correio do Povo

Daisy Ridley como Rey e Adam Driver como Kylo Ren

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“Star Wars” é um verdadeiro fenômeno cultural, seja qual for a métrica utilizada: audiência, bilheteira, número de fãs ou produtos nela inspirados. Trata-se de uma das franquias de maior extensão do cinema, com centenas de personagens já criados e outros muitos ainda desconhecidos. Em “Os Últimos Jedi”, cuja estreia ocorre nesta quinta nos cinemas nacionais, os espectadores têm a oportunidade de conhecer melhor personalidades que recentemente chegaram à trama. É o caso de Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), que se apresentaram ao público em “O Despertar da Força”, o primeiro filme da saga produzido pela Disney e lançado em 2015. Eles podem ser o futuro desse universo intergalático.

“Os fãs parecem adorar os novos personagens. Para ficar apenas nos principais, Rey é a representatividade feminina que Leia Organa levou à saga e que tem um enorme poder. Kylo Ren é o vilão que tenta se espelhar no insuperável Darth Vader, e sofre da mesma confusão: lado sombrio ou lado luminoso? Enfim, são protagonistas de futuros incertos e esperados”, argumenta Kelvin Oliveira, um dos fundadores do fã clube Alliance. Apesar disso, o longa inicial da franquia desenvolvida pela Disney tem sido criticado por parte de algumas pessoas. “Alguns consideram o filme demasiado semelhante a ‘Uma Nova Esperança’ (1977), o primeiro filme da saga. Daí a ambiguidade: muitos veem justamente nisso o acerto da Disney, uma vez que seguiu o padrão dos filmes clássicos e não atentou hermeticamente contra a sacralidade dos clássicos”, argumenta.

Para o presidente do fã-clube Conselho Jedi do Rio Grande do Sul, Fabiano Bonfiglio, o principal erro do estúdio foi justamente ter feito essa “reembalagem” da obra. “Parece que a história seguiu a mesma fórmula, com uma nova estação espacial, com um novo ponto fraco. Incomodou principalmente os fãs mais antigos, que queriam ver enredo novo. Mas, ao mesmo tempo, os roteiristas acertaram na participação da ‘velha guarda’, porque se acreditava pelos trailers que eles seriam apenas um elo para essa galera nova”, destaca. Contudo, ele também destaca o aparecimento de Rey e acredita que ela, cada vez mais, ganhará status de protagonista. Como pode ser visto nos trailers, a jovem já está iniciando sua jornada de heroína, participando de treinamentos com seu mentor.

Já para Kelvin, o grande acerto diz respeito à qualidade e profundidade dos filmes derivados, como foi “Rogue One”, e como prometem ser os vindouros longas sobre Obi-Wan, vivido por Sir Alec Guiness e Ewan McGregor em tempos diferentes, e Han Solo, interpretado por Harrison Ford. A saída deste último é justamente um dos desafios para a sequência da saga. “Essa morte foi dolorosamente necessária para a construção de Kylo Ren, além de ser uma mensagem clara de que os papéis clássicos deverão lentamente dar espaço aos novos. Foi doloroso, mas acredito que grande parte entendeu seu lugar na história”, defende.

Ele argumenta que outra questão marcante para a continuidade da história é a morte de Carrie Fisher. “Além de obviamente não ter sido planejada, se trata da morte de uma personalidade icônica. A superação possivelmente virá quando nos dermos conta de que, apesar de não mais estar fisicamente entre nós, Leia é nossa eterna princesa, e sempre a encontraremos nos filmes e em nós mesmos”, analisa.

Filmes individuais x trilogia: apostas para o futuro

Depois de “Os últimos Jedi”, a Disney lançará em 2018 um filme derivado sobre Han Solo, cujo título é "Solo: A Star Wars Story". O longa conta a história do personagem em sua juventude, agora vivido por Alden Ehrenreich, seu fiel companheiro Chewbacca e se situa antes da primeira obra da saga. Kelvin acredita que a obra possivelmente fará os fãs olharem para ex-marido de Leia com outros olhos. “Espera-se que possamos sair do cinema sabendo as novas ou recicladas histórias de como o piloto da Millenium Falcon conseguiu sua icônica nave, como conheceu seu amigo Wookiee, qual foi sua relação anterior com Lando Calrissian e Boba Fett, a razão de ser um contrabandista e conviver com a escória da galáxia, a origem de sua relação com Maz Kanata”, comenta. Cronologicamente, o ainda sem título “Episódio IX” estreia em 2019, encerrando a atual trilogia.

Fabiano acredita que há algumas questões para serem respondidas antes do fim. “Pelos trailers do filme que estreia nesta semana, algumas coisas ficarão para ganhar uma resolução mais para frente. Todos nós do Conselho esperamos que no nono longa seja contada a origem da Rey, que é um mistério, além do passado do Skone”, diz. Ele também recorda que é preciso saber como e por que Luke Skywalker foi à ilha de Ahch-To, onde Rey o encontra no final de “O Despertar da Força”.

Há, contudo, um futuro ainda mais incerto. Após o término desta franquia, a Disney já confirmou outra sequência de três obras, as quais se afastarão do clã dos Skywalker. Isso preocupa Fabiano, que acredita que “Star Wars” é, sobretudo, uma saga sobre essa família. Ele afirma estar receoso, porque “sem ser sobre eles, eu não vejo porque ser uma trilogia”. Seu principal medo é que ocorra o mesmo que se passou em outro universo que de gosta, o do Senhor dos Aneis. “Temo que façam algo como o ‘Hobbit’, que é um livro pequeno, mas fizeram uma trilogia que não precisava. Aí fica cansativo demais. Se não for uma história ligada diretamente aos Skywalker, não vejo porque uma trilogia, um filme solo basta”, defende.

Já Kelvin mostra-se menos cético e acredita que vários assuntos renderiam bons filmes para esta programada nova jornada, começando pelo período da Velha República. “Há um apelo dos fãs para que se aborde esse momento importante da história galáctica num filme vindouro. Também podemos apontar a trilogia Thrawn, talvez a série de livros mais aclamada, e que ocorre fundamentalmente depois dos eventos de ‘O Retorno de Jedi’”, comenta.

Ambas as histórias fazem parte do Legends, universo que a Disney determinou como não oficial, mas já afirmou que alguns elementos seriam reaproveitados. Paralelamente, ele aposta em filmes focados em determinados personagens, os quais “são muito bem-vindos”. “Um deles seria sobre Obi-Wan Kenobi. Mestre Yoda também causa certo entusiasmo. Enfim, seja como for, há inúmeros personagens e eras a serem exploradas. Tudo o que queremos, afinal, são mais alguns longos anos de Star Wars pela frente”, conclui.

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