O amor é para amadores?
"Tedy" é primeiro monólogo de Bob Bahlis e de José Henrique Ligabue
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As relações humanas são o assunto preferido do diretor Bob Bahlis, que lança um olhar sobre a traição em seu primeiro monólogo, assim como do protagonista, o ator José Henrique Ligabue, conhecido como “Maninho”. Utilizando recurso audiovisual, um palestrante que passou por uma traumática separação resolve analisar o amor, perdendo o controle e revelando sua intimidade. Valendo-se de dados estatísticos e citando autores como Schopenhauer, Vinicius de Moraes, Alain de Botton, Bauman, Platão, Nietzsche e André Gorz, foca emoções universais e atemporais, em tom coloquial e muito bem-humorado.
Ele foi traído pela mulher, que conheceu no colégio, aos 17 anos, e com quem foi casado por dez. Desolado, sozinho e perdido, com o tempo começa a tentar a achar sinais de encontros do destino. E quando está um pouco melhor, resolve sair com algumas mulheres, uma mais louca que a outra. “O personagem é um romântico, um príncipe, à procura de um novo amor. Mas está com medo porque um dia foi traído”, diz Ligabue, que na TV foi o Lino na novela “Flor do Caribe”, e no cinema, Antônio Terra, em “O Tempo e o Vento”.
Sua atuação foi baseada nas TEDs, conferências de 18 minutos, populares na Internet, com mensagem otimista. “O que me chama atenção são o potencial de comunicação e carisma destas pessoas”, afirma o diretor. A trilha, de Nei Lisboa, é atração à parte, trazendo versão especial de “Telhados de Paris”.