'O Eclipse’, de Antonioni, é atração do Telecine Cult

'O Eclipse’, de Antonioni, é atração do Telecine Cult

Filme de 1962 será exibido nesta quinta-feira

Luiz Carlos Merten - AE

Filme 'O Eclipse', com Monica Vitti e Alain Delon (1962)

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Em 1962, o Brasil recebeu sua única Palma de Ouro no Festival de Cannes, e foi pela transcrição da peça O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, por Anselmo Duarte. A tragédia de Zé do Burro! O Cristo terceiro-mundista, Leonardo Villar entrando na igreja, amarrado à cruz, nos braços do povo. Naquele ano concorriam grandes diretores, entre eles Michelangelo Antonioni, com o fecho da sua famosa trilogia da solidão e da incomunicabilidade.

O Eclipse é a atração desta quinta-feira, 30 de julho, às 13h, no Telecine Cult. Três anos antes, Antonioni fora vaiado em Cannes com A Aventura. Pouca gente avalizou que ele estava iniciando uma das revoluções estéticas mais importantes do cinema. Na sequência vieram A Noite e O Eclipse. Três filmes que formavam um bloco de extraordinária coerência.

Os temas dos casais héteros, a crise dos sentimentos. Piero e Vittoria em O Eclipse - Alain Delon e Monica Vitti vivem uma ligação sem futuro. No final, a câmera percorre os locais agora vazios onde ambos se amaram. O eclipse da humanidade? O Eclipse dividiu com outro filme exigente - O Processo de Joana D’Arc, de Robert Bresson - o prêmio especial do júri de Cannes naquele ano. Entre os seus integrantes, estavam o escritor Romain Gary e o diretor François Truffaut.


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