"O Enfermeiro da Noite": dores reais e a adaptação à tela

"O Enfermeiro da Noite": dores reais e a adaptação à tela

Filme baseado em história real, reúne Eddie Redmayne e Jessica Chastain e vira filme na Netflix

Marcos Santuario

Na tela do streaming, ‘O Enfermeiro da Noite’ promete apresentar, com detalhes visuais e estéticos, o caso de Cullen, mostrando sua vivência no universo hospitalar norte-americano e o assassinato de quase 30 pacientes

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Charles Cullen era um enfermeiro da Costa Leste dos EUA, com uma vida aparentemente normal. O que veio à tona depois é que foi realmente o fato estarrecedor: o enfermeiro assassinou pelo menos 29 pacientes. Sua trajetória assassina durou um total de 16 anos, ao longo dos quais ele pulou de hospital em hospital para apagar seus rastros e continuar matando. O livro “O Enfermeiro da Noite”, editado pela Intrínseca, se transforma em filme, a ser exibido na Netflix, a partir do próximo dia 26. Baseado nesta impressionante história real, o trabalho reúne pela primeira vez os vencedores do Oscar Eddie Redmayne, visto em diversas produções, incluindo “Animais Fantásticos”, e Jessica Chastain, de “Os Olhos de Tammy Faye”. 

Na tela, “O Enfermeiro da Noite” vai apresentar, com detalhes visuais e estéticos, o caso de Cullen, mostrando sua vivência no universo hospitalar norte-americano e o assassinato dos quase 30 pacientes. Quem foi escolhido para estar à frente do projeto foi o diretor Tobias Lindholm, filmando o roteiro adaptado por Krysty Wilson-Cairns, que já teve seu talento sentido em “1917”, dirigido por Sam Mendes; e no terror psicológico “Last Night in Soho”, do livro de Charles Graeber, “The Good Nurse: A True Story of Medicine, Madness and Murder”. 

Se espera que a produção atual tenha a força que o diretor Tobias Lindholm deu a “Druk: Mais Uma Rodada”, de 2020, pelo qual foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro. Para viver a adaptação do livro do jornalista Charles Graeber sobre o enfermeiro assassino, Lindholm reuniu um elenco formado ainda por Kim Dickens, de “Fear the Walking Dead”; Noah Emmerich, do “The Americans”; Ajay Naidu, de “Dr. Death”; e Nnamdi Asomugha, de “O Amor de Sylvie”. 

O centro narrativo também tem o foco muito bem construído a partir do olhar de Amy Loughren, uma enfermeira e mãe solo de Nova Jersey, e de sua crença de que o colega, Charlie Cullen (Redmayne), é responsável por uma série de mortes misteriosas de pacientes. Determinada, ela arrisca a própria vida para descobrir a verdade. Tudo começa quando a rotina de turnos noturnos na UTI a leva ao seu limite. Ela sofre de uma doença cardíaca grave e a chegada de Charlie, um novo enfermeiro, pareceria ser capaz de mudar essa rotina dura que ela vive. Não demora, os dois criam uma amizade e Amy, pela primeira vez em anos, imagina que ela e as filhas vão ficar bem. É quando diversos pacientes começam a morrer em circunstâncias estranhas e Charlie parece ser o principal suspeito. Para descobrir a verdade, Nova Jersey faz amizade com o Cullen vivido por Redmayne, depois de ele ser contratado. 

A obra trata do serial killer, mas também amplia e aborda olhares importantes sobre o sistema de saúde com fins lucrativos. Nas páginas escritas, Graeber apresenta as várias faces do enfermeiro e serial killer, considerado o mais letal da história dos EUA, com envolvimento final na morte de cerca de 40 pacientes. Sua trajetória assassina, computada nos 16 anos de crimes, também está recheada de detalhes sobre sua passagem por vários hospitais, na tentativa de apagar seus rastros e continuar matando. Não demorou para que a imprensa lhe desse o apelido de “Anjo da Morte”, que acompanha até o seu final.


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