O melhor lugar do mundo é no show do Jota Quest

O melhor lugar do mundo é no show do Jota Quest

Banda mineira com quase 30 anos de estrada grava DVD da turnê "Jota 25" neste sábado, no Beira-Rio em super produção

Luiz Gonzaga Lopes

Rogério Flausino: "A gente fez sucesso primeiro no RS para depois acontecer no resto do país. A celebração tem muito a ver com o lançamento do primeiro álbum em 1996"

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A banda Jota Quest grava, neste sábado, 17 de junho, a partir das 20h30min, o DVD “Jota25” no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Os portões serão abertos às 17h. Os últimos ingressos estão disponíveis em uhuu.com e pontos autorizados. A noite será marcada por uma apresentação de tirar o fôlego. Tudo é gigantesco. A superprodução une criatividade e tecnologia em experiência audiovisual imersiva e futurista. 

A gravação contará com uma das maiores estruturas do entretenimento brasileiro. O palco possui 60 metros de boca e 13 metros de altura. São 800 metros quadrados de led; uma experiência digital e inovadora. Para o transporte de todo esse material, foram usadas dez carretas, sendo quatro delas para carregamento exclusivo de luzes e leds. São mais de 800 pessoas mobilizadas, desde a montagem até a entrega final. O palco será moderno, arrojado, sem cobertura. A apresentação de Rogério Flausino (vocal/violão), Marco Túlio Lara (guitarra), Márcio Buzelin (teclados), PJ (baixo) e PaulinhoFonseca (bateria) deve atrair 30 mil pessoas, com participações de nomes como Vitor Kley, Rael e Beto Lee, em homenagem à mãe Rita Lee. 

A turnê “Jota 25” já esteve em Porto Alegre de 29 a 31 de julho de 2022, superlotando três noites no Araújo Vianna. O show tem 25 músicas, selecionadas entre mais de uma centena em nove álbuns de estúdio. Esta gravação vem para coroar a relação de gratidão e simbiose que os mineiros têm com Porto Alegre e o RS. 
“Há quase um ano a gente estava em Porto Alegre fazendo três noites no Araújo Vianna e superou nossas expectativas. Aí a gente se encontrou com o pessoal da Opus Entretenimento e contamos nossos projetos. Veio a ideia de fazer o registro em Porto Alegre, no Beira-Rio. Foram seis meses de preparação. Estamos vivendo mais um capítulo lindo de relacionamento com o público gaúcho”, comenta Flausino. 

Ele acrescenta que foi no RS que a banda realmente estourou em 1996. “A gente fez sucesso primeiro no RS para depois acontecer no resto do país. A celebração tem muito a ver com o lançamento do primeiro álbum em 1996. Nos três primeiros anos, nós ficamos praticamente morando aí no RS. A gente se sente abraçado pela cidade, se sente muito confortável entre os gaúchos”. 

O repertório terá músicas que são sucesso absoluto no país e que são ouvidas repetidamente nas plataformas digitais e ainda em CD e LP. São canções como “Só Hoje”, “Fácil”, “Dias Melhores”, “Na Moral”, “Amor Maior”, “Encontrar Alguém”, além de singles mais recentes como “A Voz do Coração”, “Imprevisível” e “Te Ver Superar”. A direção musical do show é da banda em parceria com Renato Galozzi, com direção geral de Fábio de Lucena, direção criativa de Rafael Conde, roteiros de Eduardo Rios, produção audiovisual do Studio Curva, iluminação de Carlinhos Nogueira e cenários de Zé Carratu.

Numa digressão sobre o contexto dos anos 1990 e a criação do Jota Quest, Flausino lembra que o rock brasileiro passava por uma espécie de modernização, fazendo muitas misturas. “Tinha pitadas de reggae, hip hop, misturas como a dos Raimundos que colocava baião no rock, a Nação Zumbi punha o maracatu. Eram muitas bandas. Aí tinha os mineiros, o Skank que foi ponta de lança desta história fazendo um dancehall misturado com batuques mineiros, e tinha uma japonesinha com sua banda metendo uma distorção, o Pato Fu. Quando eu vi os meninos do J. Quest tocando black music, soul, funk, disco em um bar, achei legal demais e alguns meses depois estava com eles”. 

O vocalista do Jota Quest ressalta que a banda assumiu a bandeira da black music no primeiro disco e nos shows. “Nenhuma das bandas era daquele jeito. A banda era de funk, soul, groove. Quando começamos a tocar em festivais junto com as bandas mais de rock, dividindo o line up com caras como Charlie Brown Jr. aí começamos a nos adaptar, colocando mais guitarras, um pouco mais de peso, fomos fazendo uns rocks sem perder o groove, pois a cozinha com PJ e Paulinho, não tem como não groovar. O fio condutor do black, soul, funk, se manteve, mas nós ficamos mais abrangentes. O Jota é esta banda diversa atualmente, tem o lado mais canção, mais dançante, sempre com os mesmos caras, em uma eterna busca por realizar os sonhos”, diz.

Sobre as gerações mais jovens, quem seriam os Jotas Quests da época, Flausino comenta que “tem uma molecada legal, como o gaúcho Vitor Kley, ele é um compositor nato, toca bem, personalidade dele me encanta; Tiago Iorc, Rael, que nós conhecemos em Porto Alegre, a convite dos caras do Opinião, os mineiros do Lagum, banda de pop rock, que lembra muito o nosso espírito daquela época. Temos algumas diferenças estéticas, mas eles colocam um violão de náilon, um trem dificílimo, criando um público forte na sua própria terra, em Belo Horizonte e no estado de Minas”. 

 


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