O micro mínimo comum de Maurício Pereira

O micro mínimo comum de Maurício Pereira

Cantor, compositor e saxofonista paulistano realiza dois shows na Capital, hoje e amanhã, acompanhado de Tonho Penhasco, além de uma oficina de canções

Luiz Gonzaga Lopes

Maurício Pereira e Tonho Penhasco em dois shows e uma oficina nesta sexta e sábado, em Porto Alegre

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Com uma capacidade criativa e de entendimento das infinitas possibilidades de uma composição musical, Maurício Pereira é um destes caras que precisam ser vistos, ouvidos, divulgados. O cantor, compositor e saxofonista paulistano, ex-integrante do grupo Os Mulheres Negras, pai dos também artistas Chico, Manu e Tim Bernardes, autor do clássico "Trovoa" e de outros sete discos autorais em carreira solo, está de volta a Porto Alegre com shows do novo projeto “Micro”, nesta sexta e sábado, além de uma oficina de canção.

O primeiro show íntimo e minimalista pós-pandemia de Maurício acompanhado do amigo e guitarrista Tonho Penhasco, será às 20h de hoje no Teatro de Arena (Altos da Borges de Medeiros, 835), com ingressos esgotados. A segunda apresentação deste show semiacústico será uma sessão extra no sábado, 20h (com ingressos disponíveis), no auditório Luís Cosme da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736). No sábado também haverá uma oficina de canções com Maurício e Tonho, às 15h, na CCMQ. Detalhes de ingressos na Sympla ou no @mauriciopereiramusico. A realização é do coletivo de criação musical OCorre Lab.

No novo projeto, Maurício trabalha com o guitarrista Tonho Penhasco e revisita com olhar minimalista o seu repertório no disco “Micro”, de julho de 2022, e que agora chega como show até Porto Alegre. “A maneira ‘micro’ de ver o mundo é sem firulas, com poesia e guitarra pura”, destaca o músico. Tonho e a sua guitarra Semi, construída artesanalmente por ele, fazem a linha melódica e harmônica da apresentação. Ela já trabalhou com artistas como Tom Zé, Itamar Assumpção, Chico César, e outros. Maurício e Tonho reconstruíram e reaprenderam 12 composições, escolhidas dentre as mais de 40 músicas que tocaram em turnê. “Micro” renova a parceria do cantor e compositor com o produtor Gustavo Ruiz, que assinou seu disco anterior, “Outono no Sudeste”, de 2018. “No disco e no show tudo está muito às claras. Não tem maquiagem. Se a gente errar, errou”, declara Maurício. 

Sobre a oficina de canções, Maurício fala que depois que saiu dos Mulheres Negras em 1991 ele começou a mergulhar nas canções, pensando sobre o processo criativo. “Esta oficina nasceu pensando no cidadão comum, não obrigatoriamente no músico. Minha tese é que todas as pessoas, de tanto ouvir música, têm estruturas literárias, melódicas e harmônicas, e intuição para colar estas coisas”, revela que é uma vivência que parte das sugestões do público. 

A respeito de Porto Alegre, Maurício lembra que esta ligação com a cidade começou no início dos anos 70. “Quando eu era menino no início dos anos 70, a gente ia com meu pai de VW Brasília para a Argentina e ficávamos uns dias em Porto Alegre. Eu vi em Porto Alegre uma cidade com uma arquitetura diferente, uma coisa mítica. Vindo tocar com os Mulheres Negras e depois solo, eu achava a plateia daqui mais concentrada, ligada no que a gente criava. Depois conheci o Arthur de Faria que me apresentou o mundo pensador do RS e o meu filho Martim (Tim) Bernardes me mostrou o lado pop rock de outra geração como Júpiter Maçã e Cachorro Grande”, finaliza Maurício Pereira. 

 


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