Observatório astronômico ALMA retoma trabalhos no Chile após ciberataque

Observatório astronômico ALMA retoma trabalhos no Chile após ciberataque

A equipe tomou medidas para evitar perdas

AFP

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O observatório astronômico ALMA, um dos radiotelescópios mais potentes do mundo, situado no norte do Chile, retomou os seus trabalhos quase dois meses depois de ter sofrido um ciberataque, confirmou à AFP, nesta quarta-feira (21), o diretor Sean Dougherty.

"Retomar as observações científicas foi nossa principal prioridade depois do ataque", ocorrido em 29 de outubro, disse Dougherty.

O ataque aos sistemas de computadores do ALMA provocou a suspensão das observações astronômicas e afetou vários servidores e equipamentos críticos para o seu funcionamento.

"A grande demanda para realizar observações com o ALMA garante que sempre exista uma enorme pressão para que o observatório observe tanto quanto seja possível", acrescentou Dougherty.

O diretor do ALMA explicou que todos os sistemas críticos do observatório, como o controle do telescópio, o arquivo e o processador de dados, foram testados repetidas vezes antes de retomar as observações.

"Depois da recuperação dos sistemas de computadores, foi necessária uma enorme quantidade de trabalho para realizar os testes completos", acrescentou Dougherty.

A equipe de computação do observatório tomou medidas para evitar perdas e danos nos dados científicos e na infraestrutura cibernética durante o ataque, que está sendo investigado pela polícia chilena.

"Nas próximas semanas, o foco estará em recuperar a infraestrutura e os sistemas de testes, assim como o site do ALMA e outros serviços, que permitirão restaurar todas as funcionalidades existentes antes do ciberataque", diz um comunicado difundido em um site provisório que foi colocado no ar até o restabelecimento da página oficial, que ainda sofre os efeitos do ataque.

O Grande Conjunto Milimétrico/Submilimétrico do Atacama (ALMA, na sigla em inglês) possui 66 antenas, que estão posicionadas a mais de 5.000 metros de altitude no planalto de Chajnantor, no deserto do Atacama.

O complexo, que começou a explorar o Universo em 2011, colaborou, em abril deste ano, na descoberta da galáxia mais distante jamais detectada, situada a 13,5 bilhões de anos-luz.

No ALMA trabalham 300 profissionais, incluindo 40 engenheiros de computação e técnicos responsáveis por seus poderosos computadores, servidores, sistemas de armazenamento de dados e monitores.

 


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