Os 120 anos do Museu Julio de Castilhos

Os 120 anos do Museu Julio de Castilhos

O mais antigo museu do Rio Grande do Sul inaugura exposição celebrativa e entrega restauros

Correio do Povo

Casa, anexa ao Museu, que pertenceu a Julio de Castilhos, e o Museu na Rua Duque de Caxias

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Para marcar os seus 120 anos de trajetória, o Museu Julio de Castilhos (Duque de Caxias, 1205) inaugura hoje, 19h, a exposição “Aos 120 – nossa história” e abre seu acesso principal pela casa que pertenceu a Julio de Castilhos e família, a partir do restaurado hall de entrada. 

A museóloga e diretora do MJC, Doris Couto, diz que “Aos 120 – nossa história será um grande gabinete de curiosidades, que possibilitará o reencontro do público com acervos já expostos e outros inéditos, recentemente adquiridos, como é o caso de parte da doação recebida da família de Borges de Medeiros”. Para ela, devolver o acesso ao Museu pela casa Julio, é o ponto alto dos 120 anos.

Será a primeira oportunidade de muitas pessoas conhecerem o acesso da casa histórica como ele era originalmente, já que, ao longo dos 120 anos, esse espaço foi descaracterizado pelas camadas de tinta e textura que recebeu e que encobriram a pintura. Nos marcos dos 120 anos do MJC, as exposições serão reformuladas e mais peças serão trazidas à apreciação do público, incluindo acervos que fazem parte da memória afetiva, como botas de Ângelo Guerreiro; escultura equestre de Duque de Caxias, de autoria de Antônio Caringi; telas “Prisão de Tiradentes” (Parreiras) e “Carga de Cavalaria” (Litran); além de inúmeros artefatos que remontam aos antigos hábitos dos gaúchos.

A secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo salienta que o museu é um dos mais importantes equipamentos culturais da Sedac no Centro Histórico de Porto Alegre. “O Museu recebeu investimentos do governo do Estado, no valor de R$ 14,5 milhões, por meio do programa Avançar na Cultura, o que possibilitou a recuperação das pinturas decorativas originais do hall de entrada, a requalificação predial e o restauro de importantes peças do acervo. Esses investimentos fazem parte da política pública de conservação e valorização do patrimônio cultural, material e imaterial, que pertence a todos os gaúchos e gaúchas”, detalha Beatriz.

Acervo histórico. O Museu Julio de Castilhos foi a primeira instituição museológica criada após a Proclamação da República e guarda, inclusive, a sela utilizada na montaria do Marechal Deodoro da Fonseca, quando este passou a tropa em revista por ocasião da abertura dos trabalhos da Constituinte de 1891. O MJC foi o oitavo museu criado no Brasil e contém tesouros da Guerra do Paraguai, da Guerra Civil Farroupilha, além de documentos da história brasileira. 

O seu acervo reúne, entre outras peças, o Sabre de Honra do General Osório, confeccionado em 1871, após a Guerra do Paraguai, a pedido do Coronel Manuel Deodoro. O museu foi instituído segundo o desejo de Julio de Castilhos, no ano de seu falecimento, tendo como sua primeira sede, ainda enquanto Museu do Estado, dois pavilhões da Grande Exposição Estadual de 1901, nos Campos da Redenção. Seu acervo inicial era constituído por peças herdadas dessa exposição, às quais se somaram mais de dez mil itens que formaram suas coleções, inscritas no Livro de Belas Artes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1937.

 


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