Ospa realiza concerto com convidados internacionais
Apresentação será nesta terça-feira no Theatro São Pedro
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Jean Sibelius foi figura central na consolidação de uma identidade musical finlandesa na virada do século XIX para o século XX. A primeira obra que a Ospa apresenta no concerto é “Andante Festivo”, por ele escrita em 1922 em comemoração ao 25º aniversário da fábrica de madeira Säynätsalo, da Finlândia. Composta inicialmente para quarteto de cordas, mais tarde foi arranjada pelo próprio Sibelius para orquestra de cordas e tímpanos, para ser transmitida via rádio no Ano Novo de 1939, na ocasião da Feira Mundial de Nova York.
Na sequência, a orquestra executa o “Concerto para violino”, op. 47, único concerto de Sibelius para solista e orquestra. A versão final da peça foi estreada em 1905, em Berlim. De tom especial e fantástico, ela explora todo o potencial lírico e melódico do violino, exigindo um solista com habilidades técnicas superiores. Quem assume a tarefa de solar é o violinista Linus Roth, que atualmente é professor de violino da Universidade de Augsburg (Alemanha). Ele vem se firmando como um dos mais interessantes violinistas de sua geração. Já recebeu prêmios em concursos de alto nível, como o Internacional de violino “Novosibirsk”, o Internacional de Música “Joseph Szigeti” e o de Música da Alemanha.
O programa encerra com a “Sinfonia nº9 em mi menor”, de Dvorák, também conhecida como “Sinfonia do Novo Mundo”. A obra foi escrita pelo compositor checo enquanto ele residia nos Estados Unidos, onde dirigia o Conservatório Nacional de Música de Nova York. Inspirada em elementos melódicos de músicas dos índios da América do Norte e em algumas cenas do poema “Canto de Hiawatha”, de Henry Longfellow, ela expressa os ideais nacionalistas que o cercavam na época e motivaram algumas de suas composições mais famosas. A obra estreou em 1893 no Carnegie Hall de Nova York.
O maestro Jacob Slagter foi Trompista Solista da Orquestra Real do Concertgebouw (Holanda) por 28 anos. Como maestro, se apresentou com quase todas as orquestras holandesas. No Brasil, é o regente há cinco anos da Orquestra Sinfônica do Festival Internacional de Música do Pará, um dos mais importantes e tradicionais eventos artístico-pedagógicos realizados no norte do Brasil.