Ospa traz a Porto Alegre maestro e pianista italianos
Concerto será nesta terça-feira, no Theatro São Pedro
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O programa começa com a “Abertura Coriolano”, Op. 62, de Ludwig van Beethoven (1771-1827). A peça foi escrita a partir da inspiração da obra homônima de Shakespeare. Ela foi utilizada como introdução a uma tragédia do poeta Heinrich Joseph von Collin, a quem a obra foi dedicada. A estreia se deu em 1807.
Na sequência, a orquestra revisita a obra de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), que conta com a participação de Riscica, o solista de apenas 23 anos que já tem em seu currículo prêmios como o Rotary-Vinicio Mancini, o Pianistico Regione Lazio, o Pianístico Cidade de Albenga e o Pianístico Internacional Tortora.
Zampieri destaca a dramaticidade que permeia todas as obras do programa, em diferentes intensidades. Segundo ele, as três peças representam um conflito interior, cada uma de uma forma particular. “Beethoven descreveu uma lenda do império romano; Mozart manifestou o que teria acontecido depois com o ‘Don Giovanni’; Brahms, por sua vez, completou seu ciclo sinfônico, repleto de romantismo, com uma Passacaglia (forma do último movimento da peça) que é homenagem à herança do passado, ao pai da música tonal: Bach”, explica.
Nascido em Roma, o maestro foi, em 2012, regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Ribeirão Preto (SP). Já esteve à frente de destacadas orquestras como a Sinfônica da Rádio de Moscou, a Filarmônica de Bucareste, a Haifa Sinfônica de Israel, a Orquestra de Euskadi e a Orquestra de Câmara Rádio Bucareste.
Já Riscica, destaque na recente geração de músicos italianos, foi citado pela revista de crítica musical italiana Suonare News como “uma nova promessa do pianismo internacional”. Começou estudar piano aos quatro anos de idade. Zampieri, seu ex-mestre, chama atenção para sua “técnica excelente e história relevante”. Esta é a sua primeira apresentação com uma orquestra brasileira.