Para dar voz às mulheres no teatro

Para dar voz às mulheres no teatro

Pesquisadora, iluminadora, escritora e professora norte-americana Kathy Perkins é primeira atração internacional do projeto Arte Como Ciência

Correio do Povo

Com muitos prêmios em sua trajetória, Kathy é professora emérita da Universidade de Illinois e da Universidade da Carolina do Norte.

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Antologias de peças africanas e da diáspora africana criadas por mulheres é o tema da palestra que a pesquisadora estadunidense Kathy Perkins apresenta nesta terça-feira, pelo Arte Como Ciência, às 18h30min, no canal do YouTube do projeto. Primeira atração internacional do ciclo, que a cada mês traz um convidado e está em sua quarta edição, a entrevista ocorrerá ao vivo, com tradução solidária de/para o inglês e espanhol.

Iluminadora e pesquisadora de Teatro Africano e da Diáspora Africana, Kathy não se considera uma estudiosa tradicional. “Meu objetivo é tornar as peças acessíveis, não apenas por meio de publicações, mas de apresentações em escolas, teatros e festivais” diz sobre seu trabalho, usado em currículos de faculdades de teatro em todo o mundo, principalmente, em universidades dos Estados Unidos. Ela é autora de inúmeras publicações, em especial das antologias "Black Female Playwrights: an Anthology of Plays Before 1950 (Dramaturgas Negras Femininas: uma Antologia de Peças de Teatro Antes de 1950)",   “Black South African Women: an Anthology of Plays” ("Mulheres Negras Sul-Africanas: uma Antologia de Peças”); "African Women Playwrights” (“Dramaturgas Africanas Femininas)" e "Alice Childress: Selected Plays.”

“Publico as peças que faço para dar voz às mulheres, que muitas vezes são marginalizadas no teatro”, declara a intelectual, que é co-editora de "Contemporary Plays by Women of Color (Alice Childress: peças selecionadas)", "Contemporary Plays by Women of Color (“Peças Contemporâneas de Mulheres de Cor)" e "Strange Fruit: Plays on Lynching by American Women (“Fruta Estranha: Peças de Mulheres Americanas sobre Linchamento). Em seu currículo tem ainda o livro "The Routledge Companion to African American Theatre and Performance (“The Routledge Companion para o Teatro e a Performance Afro-Americanos)", o qual é editora sênior.

Com muitos prêmios como pesquisadora e iluminadora, é professora emérita da Universidade de Illinois e da Universidade da Carolina do Norte. “Em minhas próprias aulas, usei as peças para os alunos compreenderem história e aprenderem sobre outras culturas. Acho que o espetáculo é uma das melhores maneira”, explica. Seu trabalho a levou pra mais de 40 países. “Adoraria trabalhar no Brasil, mas a barreira é o idioma, por isso a maior parte do meu trabalho internacional é apresentado em lugares onde o inglês é o idioma principal”, declara, acrescentando que esteve em nosso país apenas para visitar e aprender sobre a cultura.

Arte Como Ciência apresenta o olhar de artistas que desenvolvem um olhar reflexivo e científico sobre a relação entre seu fazer artístico e a sociedade. O objetivo é dialogar sobre o papel crucial e específico que as distintas criações artísticas desempenham na permanente formação pessoal e coletiva, em cooperação, mas não em subordinação, com outros campos do saber. Sob a coordenação pedagógica de Viviane Juguero e coordenação técnica de Daniela Israel, é realizado na primeira terça-feira de cada mês. “É um projeto colaborativo, feito com muitas mãos, de diferentes lugares, envolvendo muita paixão, arte e ciência. Focamos em como um conteúdo pesado e difícil de ser entendido por vezes, possa ser leve, interessante, agregando e transformando a sociedade”, define Daniela. Em janeiro o calendário será excepcionalmente alterado para dia 19, quando terão vez pesquisadores e pesquisadoras de Teatro para a Infância de diversos lugares do mundo. Todas as informações do evento, com participantes, suas trajetórias, entre outros assuntos, estão no site https://www.artecomociencia.com/.


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