Paris e seus flâneurs são destaques no Caderno de Sábado

Paris e seus flâneurs são destaques no Caderno de Sábado

Juremir Machado reflete sobre o ato de flanar e entrevista Michel Houellebecq

Correio do Povo

Em viagem a Paris, Juremir Machado se apresenta como flâneur

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O Caderno de Sábado desta semana convida o leitor a flanar por Paris. A ação, vinculada principalmente a essa cidade, é definida por muitos autores como o ato de alguém que caminha pelo mundo quase sem rumo, observando principalmente as marcas e emoções escondidas pelas ruas.

Inserido totalmente nesse universo, o escritor e jornalista Juremir Machado, que está em viagem pela capital francesa, detalha a sua experiência como flâneur e seu olhar direcionado para as novidades e rastros deixados no local. “A particularidade do verdadeiro flâneur é saber descobrir a singularidade de cada lugar ou até criá-la”, comenta.

A edição também conta com uma entrevista com Michel Houellebecq, reconhecido como um dos mais importantes escritores franceses das últimas décadas. Em conversa com Juremir, o autor fala sobre literatura, fotografia, política e prêmio Nobel, para o qual já recebeu diversas indicações.

O termo flâneur é tão difundido entre os viajantes, que acabou se tornando tema popular na literatura, com diversas obras publicadas acerca de seu significado. Confira abaixo algumas delas:

E foram todos para Paris – Sérgio Augusto - 90 páginas
Sinopse: Muito mais que um simples roteiro de viagem, este livro nos leva de volta à cidade-luz dos anos 1920, onde a cultura, a arte, a arquitetura e a liberdade eram o cenário de artistas que moravam na capital francesa e que, mais tarde, se tornaram grandes nomes da história, como Ernest Hemingway, Picasso, Zelda e Scott Fitzgerald, Kiki e Josephine Baker. A obra retrata com nostalgia um passado onde a festa parecia não ter fim. O autor levantou endereços, montou mapas e itinerários, e saiu em busca de um tempo perdido, com sua inseparável Canon analógica e um caderno de notas.

O Flâneur: um passeio pelos paradoxos de Paris – Edmundo White - 216 páginas
Sinopse: O escritor americano Edmund White, que morou dezesseis anos em Paris, flana pela cidade e vai a lugares praticamente desconhecidos dos visitantes – e mesmo da maioria dos moradores locais. O livro revela a essência de um flâneur: alguém que perambula sem compromisso por uma cidade, que percorre as ruas sem objetivo aparente, mas secretamente atento à história dos lugares por onde passa.

Paris é uma festa – Ernest Hemingway – 240 páginas
Sinopse: Em Paris, aos 22 anos, Hemingway lê, pela primeira vez, clássicos como Tolstói, Dostoievski e Stendhal. Convive com Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, figuras polêmicas e encantadoras para ele. A cidade e esses “companheiros de viagem” deram-lhe nova dimensão humana e maior sensibilidade para alcançar os seus dois objetivos primordiais: ser um bom escritor e viver em absoluta fidelidade consigo. A obra apresenta momentos de suave melancolia, alternados com outros de cortante, quase selvagem, crueldade.

Retratos parisienses: 31 crônicas – Rubem Braga – 160 páginas
Sinopse: Em uma temporada na Europa, na segunda metade do século XX, o grande cronista brasileiro Rubem Braga se encontrou com imortais das artes e do pensamento universal. Desses encontros, surgiu a oportunidade de realizar entrevistas que se tornaram uma mistura deliciosa de reportagem, crônica e divagações líricas. Dentre os 20 entrevistados estão presentes figuras como Jean-Paul Sartre, Pablo Picasso, Henri Matisse e Alberto Moravia.

Passagens – Walter Benjamin – 1168 páginas
“Passagens” é uma das obras historiográficas mais significativas do nosso tempo. A partir de Paris, especialmente suas galerias comerciais enquanto "arquipaisagem do consumo", é apresentada a história cotidiana da modernidade - com figuras como o flâneur, a prostituta, o jogador, o colecionador, e os meios de uma escrita polifônica que vai desde a luta de classes até os fenômenos da moda, da técnica e da mídia. A obra com mais de 4.500 "passagens" constitui um dispositivo sem igual para se estudar a metrópole moderna, e por extensão, as megacidades do mundo atual.

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