Patrimônio histórico gaúcho é tema de documentário de Boca Migotto

Patrimônio histórico gaúcho é tema de documentário de Boca Migotto

Restauro de prédio que abrigou antigo cinema do interior gaúcho é a base do curta com lançamento hoje, às 16h, que ficará disponível gratuitamente

Correio do Povo

Curta Isto aqui vai ser muito valorizado

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O processo de restauro do prédio que abrigou o antigo cinema da cidade da Feliz, em uma região colonizada por imigrantes de origem germânica, é o ponto de partida para uma discussão sobre as inúmeras nuances que envolvem a preservação do patrimônio arquitetônico no Brasil e na Europa. A reflexão deu origem ao curta “Isto aqui vai ser muito valorizado”, realizado pela Escaiola Arquitetura Rara e dirigido por Boca Migotto. O filme será lançado hoje (30), às 16h, nas redes sociais da Escaiola e  ficará disponível gratuitamente no Youtube.

O filme integra o projeto Arquitetura Rara - Intercâmbio cultural, que levou a equipe de especialistas a apresentarem o patrimônio gaúcho a profissionais na Espanha e em Portugal. Ao todo, foram mais de dois anos de produção, 10 cidades filmadas e milhares de quilômetros percorridos para a realização do curta. Abordando o cotidiano de trabalho de especialistas na área, a iniciativa tem como objetivo democratizar o conhecimento sobre a preservação do patrimônio histórico no RS.

O curta mostra também que é conservando os prédios históricos que são valorizadas as culturas locais que envolvem cada comunidade, como observa a arquiteta e urbanista Cristiane Rauber:  “Compartilhamos da concepção de que patrimônio cultural é a união dos bens materiais e imateriais, ambos se complementam. Tamanha riqueza que possuímos aqui no nosso Brasil, que durante o intercâmbio cultural foi possível afirmar que, por sermos um país demasiadamente jovem, temos muitas peças a serem encaixadas para que não percamos nenhuma história”, diz.

Construído no século XIX, o cinema do Casarão Amália Noll, em Feliz, é um exemplo dessa necessidade. Amália Noll passou para o imaginário popular da cidade de Feliz como uma pioneira do empreendedorismo cultural na região no início do século 20. Sua casa era cheia de cultura, com salão de baile, cinema e fotografia, expressão pela qual era apaixonada, o que fez com que o casarão fosse o primeiro equipamento cultural da cidade. Após passar décadas vazio, o prédio foi tombado como patrimônio do município e agora será restaurado.

Nesse sentido, o cineasta Boca Migotto alerta para a necessidade de “uma política que proteja nosso patrimônio, mas também se preocupe em educar as pessoas sobre a importância de preservarmos nossa história que, no caso, vai muito além de apenas casas antigas”.


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