Paul Auster defende que textos antissemitas de Louis-Ferdinand Céline sejam reeditados

Paul Auster defende que textos antissemitas de Louis-Ferdinand Céline sejam reeditados

Autor norte-americano disse que obras são necessárias para entender o francês

AFP

Auster é um dos mais conhecidos autores da atualidade

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"Não é uma boa ideia" ignorar os escritos "horríveis" de Louis-Ferdinand Céline, disse sexta-feira o célebre escritor Paul Auster, depois da decisão da editora Gallimard de abandonar um projeto de reedição dos três panfletos antissemitas do francês. Em entrevista à rádio France Inter, o norte-americano defendeu que os livros fossem republicados porque já fazem parte da história. "Céline foi um grande escritor, um grande escritor que cometeu erros de julgamento, mas acho que você tem que entender tudo sobre ele e excluir (estes escritos) não é uma boa ideia, mesmo chocante e repugnante", disse o autor, constantemente citado entre os favoritos ao Nobel de Literatura.

"É um escritor que eu gosto muito (...) especialmente seus romances, é claro", acrescentou, chamando "Bagatelas para um massacre" (1937), "A Escola dos cadáveres" (1938) e "Os Maus Lençois" (1941) de "horríveis". Gallimard tinha comunicado a sua intenção de publicar um "edição crítica" dessas obras, escritas durante o período em que a França estava sobre controle de Hitler. Os panfletos da Céline não são proibidos no país mas eles não foram reeditados desde o final da Segunda Guerra Mundial. No entanto, eles podem ser facilmente consultados online ou comprados em segunda mão.

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