Peça teatral para refletir e rir sobre os casais
Comédia ‘Terapia de Casal’ volta a cartaz no Teatro do Ciee
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Uma relação de casal para quem vê de fora parece simples de resolver, mediar ou apaziguar. Porém, quem vive as situações, os conflitos, as pequenas querelas e os grandes dramas em par acha a tarefa gigantesca. “Terapia de Casal, uma Comédia em Crise” entrou em cartaz no ano passado para refletir e fazer rir sobre a relação entre Marcos e Alice, com quem o público se identifica em muitos momentos da apresentação. O espetáculo volta a cartaz neste final de semana, com apresentações hoje e amanhã, às 21h, e domingo às 19h, no Teatro do Ciee (rua Dom Pedro II, 861, Porto Alegre). Restam alguns ingressos que podem ser encontrados pelo site megabilheteria.com ou na bilheteria do teatro.
O espetáculo aborda a história de Alice e Marcos, um jovem casal que se conhece nos anos 1990 e que, depois de uma década de relacionamento com conflitos, crises e muitas risadas, se vê diante de um terapeuta numa sessão de terapia de casal. Eles revivem e compartilham com o público, que faz às vezes do terapeuta, os momentos mais importantes e decisivos do relacionamento. É uma história cheia de situações divertidas, conflitos, expectativas, crises, choros, gozos, medos e gargalhadas, onde qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
A linha do tempo e a história do relacionamento de Alice e Marcos vai sendo desvendada pela sessão de terapia, com o público fazendo as vezes do terapeuta que acompanha tudo.
Com texto de Juliana Barros e direção dela e de Fernando Ochoa, o espetáculo tem no elenco a afinada dupla Letícia Kleemann e João Petrillo e a música tema que remete a áureos tempos: “Só pro meu prazer”, de Leoni e Fabiana Kherlakian. “No nosso processo, nós trouxemos experiências pessoais e vivências aliadas ao texto da Juliana, que foi nos municiando com referências como a música do Leoni, cinematográficos e outras. Bebemos em várias fontes para compor os personagens e eu estava vivendo um momento de separação quando iniciamos o processo. O casal Marcos e Alice faz isto, conta esta história e a transformação pela dor, pela conversa”, destaca Petrillo.
Para a dramaturga e diretora Juliana Barros, o humor apresentado na peça é o que ela mais gosta. “A gente está rindo da gente mesmo. Tu enxergas uma coisa, mostra e aquilo acaba trazendo uma experiência que naturalmente vira humor. Quando a gente consegue rir das nossas tragédias, a gente já está evoluindo, lidando com aquilo de uma outra forma. O tragicômico é isto”.
Juliana segue adiante para dizer que a comédia e o drama entram no rol de sentimentos. “A gente sente tudo o que é falado, seja para rir, refletir ou chorar. Quando a gente vê de fora, é tão simples. É uma crise, é um conflito, mas parece engraçado. Elas não estão conseguindo falar, pois é a mesma coisa, mas cada um puxa para o lado”. “A gente tem preocupação com a responsabilidade do tema, do conteúdo, por isso já tivemos participação de psicólogos e depoimentos do público”, declara Petrillo, que faz análise, bem como a diretora Juliana.